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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Jovens são acusados de agredirem seguranças na Estação Estudantes

Dois vigilantes, um de 34 anos e outro de 36 anos, da CPTM ficaram feridos depois de uma confusão na noite de 11/09/2016, na Estação Estudantes.

Um grupo de jovens - formado por dois rapazes de 16 anos, um de 17 anos, outro de 18 anos e dois de 21 anos - estava na Estação Estudantes quando começou uma confusão no interior de um vagão. De acordo com os vigilantes, eles foram interceder e os rapazes os atacaram com socos. Apesar disso, o grupo conseguiu embarcar em outra plataforma. No entanto, eles foram detidos na Estação Jundiapeba.

Na delegacia, os jovens admitiram que discutiram, mas negaram ter agredido os vigilantes. O grupo contou que voltava de um acampamento. Com os jovens a polícia apreendeu um canivete, uma machadinha e um facão. Uma representante do Conselho Tutelar esteve no DP e os adolescentes foram apresentados na Vara da Infância e Juventude.

Um ato infracional por lesão corporal, localização e apreensão de objeto e ato infracional por porte de arma foi registrado para os adolescentes. Já para os maiores registrado um termo circunstanciado de lesão corporal e porte de arma. Ninguém ficou preso.

Fonte da Notícia: G1

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Estações da CPTM promovem ação de conscientização da Lei Maria da Penha

 


Na ação realizada na Estação Palmeiras-Barra Funda, que atende as Linhas 7-Rubi e 8-Diamante, das 14h às 15h, empregados e agentes de segurança, que participam do Programa Voluntários da CPTM, farão a distribuição de folders abordando o assunto. A iniciativa faz parte de uma parceria da Companhia com o Ministério Público do Estado de São Paulo. Na terça-feira, a promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Gênero do MP, Valéria Scarance, ministrou a palestra “Assédio e Violência Contra a Mulher” para os empregados e colaboradores, que agora farão parte da ação informativa.
A data também será lembrada na Estação Suzano, que atende a extensão da Linha 11-Coral. Das 14h às 16h, integrantes da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do município, distribuirão cartilhas do Instituto Avon sobre Violência Doméstica para o público. Na ocasião, também haverá exibição de vídeo educativos e oficina para confecção de cartazes sobre o tema.

Postos de atendimento psicológico, social e jurídico

CRM 25 de março (Região Central)
Rua 25 de março, 205 – Centro
Telefone: 3106-1100

CDCM “Mulheres Vivas”
Rua Martino Vaz de Barros, 257 – Campo Limpo (Região Sul) ​
Telefone: 5842-6462

CDCM “Maria da Penha”
Rua Sábado D´Ângelo, 2085, 2º andar – Itaquera (Região Leste)
Telefone: 2524-7324

CDCM Ipiranga
Rua do Fico, 234 – Ipiranga (Região Sudeste)
Telefone: 2272-0423

PROVE – UNIFESP
Programa a vítimas de violência e estresse
Rua Borges Lagoa, 570 – Vila Clementina
Telefone: 5576-4990 – Ramal 2019

10 anos da Lei Maria da Penha​
Denuncie a violência contra a mulher: 180
Fonte da Notícia: CPTM

terça-feira, 17 de maio de 2016

Estação da Luz recebe campanha contra abuso sexual infantil ​amanhã (18/05/2016)

Amanhã (18/05/2016) marca o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Com o objetivo de sensibilizar a sociedade, a Fundação Abrinq em parceria com a CPTM, realizará campanha informativa na Estação da Luz amanhã (18/05/2016), das 9h30 às 11h.
 
Serão distribuídos panfletos aos usuários na interligação entre a CPTM e o Metrô, na área paga da estação, com indicações de como agir em casos de violência infantil. A denúncia pode ser feita pelo Disque 100 ou pelo aplicativo Proteja Brasil da Unicef, para iPhone ou android.
 
18 de Maio

Em 1973, em Vitória (ES), uma menina de oito anos foi sequestrada, violentada e assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, desfigurado, e seus agressores nunca foram punidos. 
 
Segundo dados do Disque Direitos Humanos, em 2015, foram registradas 19.275 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Desse total, 14.506 foram casos de abuso e 3.858 de exploração sexual infantil.
 
Fonte da Notícia e Imagem: CPTM

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Abusos sexuais no Metrô e na CPTM crescem 62% entre Janeiro e Março de 2016

"Assediar mulheres nas ruas só faz de você um imbecial nojento": Grupo de mulheres fez ato contra o assédio em vagões do Metrô de São Paulo em outubro de 2015O número de casos de abuso sexual nos trens e nas estações do Metrô e da CPTM registrados pela Polícia Civil de São Paulo aumentou 62% entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período deste ano.

Em um ano, a quantidade de ocorrências relacionadas ao assédio sexual de mulheres no sistema metroviário saltou de 34 para 55. É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Delpom, da Polícia Civil, obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação).

Essa delegacia é responsável por registrar e investigar os casos de abuso sexual no sistema metroviário ocorridos em toda a capital paulista. Não estão computadas nesse levantamento eventuais ocorrências de violência sexual registradas por passageiras da CPTM em delegacias de outras cidades da Grande São Paulo.

A reportagem tabulou os termos circunstanciados (documentos expedidos pela polícia ao registrar delitos leves) e os boletins de ocorrência com as três naturezas criminais mais tipificadas pela Polícia Civil em relação ao abuso sexual: importunação ofensiva ao pudor (contravenção penal que, por lei, não resulta em prisão) e os crimes de violação sexual mediante fraude (com pena prevista de dois a seis anos de prisão) e estupro (com pena estipulada de reclusão de até dez anos).

De acordo com a Delpom, entre o primeiro trimestre de 2015 e o mesmo período deste ano, o número de termos circunstanciados de importunação ofensiva ao pudor registrados saltou de 33 para 54. Em cada um desses períodos, foi contabilizado um único caso de violação sexual mediante fraude. Em nenhum deles, houve registro de estupro.

Campanhas de conscientização

O aumento das ocorrências de abuso sexual no sistema metroviário confirma uma tendência verificada desde que o metrô e a CPTM iniciaram, em 2014, campanhas para incentivar mulheres a denunciar os casos de abuso sexual sofrido por elas nos trens e nas estações. 

Entre 2013 e 2014, a quantidade de casos saltou de 94 para 150. No ano passado, foram registrados outros 181. Isso representa quase o dobro do número contabilizado antes do início das campanhas.

Questionados sobre o aumento de casos verificado em 2016, a Secretaria de Estado da Segurança Pública, o metrô e a CPTM atribuíram isso às campanhas de conscientização.

A Secretaria da Segurança disse em nota que os casos de importunação ofensiva ao pudor no sistema metroviário "tem aumentado por causa de campanhas de conscientização, da intensificação do trabalho policial para reduzir a subnotificação das ocorrências, além do crescente número de usuários no sistema ferroviário".

O Metrô informou, também em nota, que, entre 2014 e 2015, realizou duas campanhas diferentes de conscientização, e que o aumento do número de denúncias já era esperado como resultado desse trabalho.

A CPTM disse ainda que, em 2015, em 98% dos casos em que os molestadores foram identificados, eles foram levados à delegacia e as vítimas registraram boletins de ocorrência.

Informação é essencial

Para o especialista em segurança pública Jorge Lordello, trabalhos como os realizados pelo metrô, CPTM e polícia podem, de fato, levar ao aumento de denúncias. "As pessoas são carentes de informação. Quando mais elas conhecem o seu direito, maior será o número de casos levados à polícia", diz.

De acordo com o especialista, por esse motivo, o aumento da quantidade de ocorrências de abuso sexual no sistema metroviário tende a subir ainda mais.

Com relação à punição dos suspeitos, Lordello afirma que somente uma mudança na lei, aumentando a pena prevista para quem hoje é enquadrado por importunação ofensiva ao pudor, poderia inibir a ação dos "encoxadores". "Para muitos brasileiros, assinar um termo circunstanciado e nada é a mesma coisa. Nem a multa nem o pagamento de uma cesta básica, quando há condenação, são entendidos como punição."  

Fonte da Notícia: UOL
Imagem 1: UOL
Imagem 2: CPTM

terça-feira, 29 de março de 2016

Abusos sexuais são cometidos no Metrô e na CPTM a cada dois dias

info-cptm Os trens do Metrô e da CPTM registraram, em 2015, uma média de um caso de abuso sexual a cada dois dias.

Entre Janeiro e Dezembro de 2015, foram contabilizados 181 casos, o que equivale a um aumento de 21% em relação às 150 ocorrências registradas em 2014.

É o que aponta levantamento inédito feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da Delpom, da Polícia Civil, obtidos por meio da Lei Federal nº 12.527 (Lei de Acesso à Informação).

Essa delegacia é responsável por registrar e investigar os casos de abuso sexual no sistema metroviário ocorridos em toda a capital paulista.

Não estão computados nesse levantamento eventuais ocorrências de violência sexual registradas por passageiras da CPTM em delegacias de outras cidades da Grande São Paulo.

A reportagem tabulou o número de boletins de ocorrência com as três naturezas criminais mais tipificadas pela Polícia Civil em relação ao abuso sexual: importunação ofensiva ao pudor, que, pela lei brasileira, não é crime, mas sim uma contravenção penal (delito de menor gravidade, que não prevê prisão em caso de condenação de um acusado), e os crimes de violação sexual mediante fraude e estupro.

Entre 2011, quando foram registrados 90 casos de abuso sexual nos trens do Metrô e da CPTM na cidade de São Paulo, e 2015, o número total de casos de abuso sexual nos trens do Metrô e da CPTM dobrou.

Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor do Decade, responsável pela Delpom, o que leva a polícia, na prática, a classificar uma situação de abuso sexual no transporte público como contravenção ou crime “é a análise do caso concreto feita pelo delegado, tendo por base a gravidade da situação e o fato de o acusado ter agido ou não com violência”.

“Há todo tipo de abuso sexual nos trens. As situações em que o sujeito encosta na mulher são, na maioria das vezes, importunação [ofensiva ao pudor]. Agora, há casos em que o homem chega a ejacular. Aí é estupro direto. [A classificação] Depender da gravidade”, explica o delegado.

A lei brasileira estipula penas bem diferentes para cada uma dessas condutas: apenas o pagamento de multa para a importunação ofensiva ao pudor, prisão de dois a seis anos para a violação sexual mediante fraude e de seis a dez anos em caso de estupro.
Trens do metrô e da CPTM têm um caso de abuso sexual a cada dois dias

Maioria dos casos é considerada delito leve

Dos 181 casos de abuso sexual nos trens do Metrô e da CPTM registrados em 2015, 94% deles (171) foram classificados pela Polícia Civil como importunação sexual mediante fraude; sete foram considerados violação sexual mediante fraude (4% do total) e apenas três (2%), estupro.

O fato de a grande maioria dos casos de abuso sexual ser classificada como delito de menor gravidade ocorreu em todos os cinco anos com estatísticas analisadas pela reportagem, tanto no Metrô quanto na CPTM).

Em 2011, por exemplo, a CPTM registrou 27 casos de importunação sexual, um de violação sexual mediante fraude e nenhum de estupro. No mesmo ano, no Metrô, foram contabilizadas 60 ocorrências de importunação, duas de violação sexual mediante fraude e nenhuma de estupro 

Na avaliação do jurista e professor de direito penal Luiz Flávio Gomes, isso só ocorre porque a lei brasileira não prevê, concretamente, um crime intermediário entre a importunação e o estupro.

“Pela lei, a importunação ofensiva ao pudor pressupõe que não haja toque físico. Um exemplo disso é a situação em que o homem chama a mulher de bunduda, gostosa ou qualquer outra forma que a ofenda”, diz Gomes. “Havendo toque físico, qualquer que seja ele, é estupro.”

De acordo com o jurista, o fato de o estupro ter uma pena muito alta faz com que a polícia e o próprio Poder Judiciário classifiquem os casos de abuso sexual de outras formas. Assim, eles evitam que as “encoxadas” praticadas no transporte público sejam punidas como estupro.

“Deveria ser criado o crime molestamento sexual, com pena de dois a seis anos, como está previsto na reforma do Código Penal, em tramitação no Senado. Como ele ainda não existe, as autoridades hoje ‘forçam a barra’, enquadrando casos de abuso sexual como violação sexual mediante fraude e importunação, quando não o são.”

Pela lei, diz Gomes, a violação sexual mediante fraude se aplica a casos em que o suspeito mente para a vítima, passando-se por outra pessoa, para levá-la a fazer sexo ou praticar outro ato libidinoso com ele, por exemplo. “Não vejo como isso pode ocorrer no transporte público.”

Polícia credita aumento de casos à queda de subnotificação

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa que “os casos de abuso sexual no sistema metroviário têm aumentado, ano após ano, conforme aumento do número de passageiros e a intensificação do trabalho policial para reduzir a subnotificação das ocorrências de importunação ofensiva ao pudor”. “Através do monitoramento por câmeras de segurança e agentes infiltrados em vagões, a polícia civil observa e atua em caso de atitudes suspeitas.”

Quanto ao fato de haver mais casos registrados no Metrô do que na CPTM, a secretaria disse que isso ocorre porque “as linhas e estações da CPTM abrangem grande parte da Região Metropolitana São Paulo e não apenas a Capital”. “As ocorrências da Grande São Paulo são registradas nas delegacias de cada área, distribuindo os registros.”

Campanhas têm estimulado registro de ocorrência, afirma Governo

A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos, responsável pelo Metrô e pela CPTM, disse por meio de nota que as duas empresas “vêm intensificando suas campanhas de cidadania e conscientização e as ações de combate ao crime”. Segundo a pasta, isso “tem estimulado mulheres que passam por este constrangimento a registrarem denúncia e BO em delegacias de polícia”.

De acordo com a secretaria, desde o início da campanha “Você não está Sozinha”, no Metrô, em 2014, o número de relatos de abuso sexual recebidas pelo Metrô por meio de seu SMS-Denúncia tem crescido. “O número de registro de ocorrências saltou de 76 em 2013 para 120 em 2014 e 146 em 2015.”

O número do SMS-Denúncia do Metrô é o 97333-2252.

A pasta informou que, no Metrô, “foi criado um programa de combate ao abuso no qual todos os agentes de segurança e de estação passaram por treinamento para acolhimento das vítimas”. Segundo a secretaria, 9 em cada 10 suspeitos de abuso sexual são detidos pelos agentes de segurança do Metrô e encaminhados para as autoridades policiais.

Com relação à CPTM, a secretaria diz que também é feita uma campanha de conscientização, por meio de mensagens sonoras nos trens e estações e nas redes sociais. O número do SMS-Denúncia da CPTM é o 97150-4949.

Em 2015, seguranças da CPTM detiveram 92 suspeitos de abuso sexual.

Ainda segundo a secretaria, tanto no metrô quanto na CPTM, os canais de denúncia “garantem total anonimato” ao denunciante. Os agentes de todo o sistema metroviários também são treinados para auxiliar e a acompanhar a vítima até a delegacia, onde é feito o registro da ocorrência.

Fonte da Notícia: Fiquem Sabendo
Gráficos: Fiquem Sabendo 
Imagem: Portal R7

terça-feira, 22 de março de 2016

Casos de assédio sexual no Metrô e na CPTM dobram nos últimos quatro anos

Os casos de assédio sexual em trens do Metrô e da CPTM dobraram nos últimos 4 anos. O SPTV teve acesso aos dados pela Lei de Acesso à Informação. O número de casos de assédio passou de 80, em 2011, para 168, em 2015. Nesse período, foram registrados dez estupros e 564 suspeitos acabaram detidos.
Para o Metrô, as campanhas de combate a esse crime têm ajudado as mulheres a criar coragem para denunciar. Já as mulheres dizem que não aguentam mais e por isso se recusam a ficar caladas.

Mulheres, que sabiam que estavam sendo gravadas, contaram casos à reportagem durante uma viagem no Metrô no horário de pico, quando os trens estão lotados. "Uma história de esbarrar e passar a mão. Você sabe que é na maldade. Mas eu consegui escapar”, disse a bancária Mainá Moratori.

Milena Trindade, auxiliar administrativa, afirma que sofre assédio frequentemente. “Toda semana acontece, principalmente quando a gente pega na Sé.  Eles aproveitam, eles colocam a jaqueta e ficam assediando", afirmou.

A recepcionista Priscila de Abreu foi vítima de abuso há treze anos, em um Metrô lotado. "O rapaz passou a mão em mim. Ele estava na parte de trás com o paletó nas costas. Eu falei com ele, dei uma cotovelada e saí do Metrô, na estação."

É difícil achar mulheres que nunca tenham levado um esbarrão mal intencionado no aperto do transporte público ou que não tenham visto uma situação como essa. A supervisora de vendas Patrícia de Freitas conta que usa a bolsa para se proteger. “Eu sempre coloco ela de lado e procuro ficar sempre de lado, pra ninguém ficar encostando. Se eu vejo algum homem próximo, eu tento sair de perto, com medo de assédio", afirmou.

A vendedora Priscila Ramos também já viu casos de assédio e ficou tão chocada que agora só pega o Metrô quando chove. "Depois que aconteceu isso, tipo assim, a gente fica com medo de acontecer com a gente, porque às vezes a gente não tem coragem de falar, de virar. A gente acaba aguentando por vergonha".

O Metrô tem uma campanha para incentivar as mulheres a denunciar os abusos desde 2014. Para o chefe de segurança do Metrô, Rubens Menezes, é por isso que o número de registros aumentou.

"Muitas ocorrências, você atende a mulher, atendia na verdade, e ela não queria fazer o registro. Hoje, nós fazemos todo um trabalho específico para estimulá-la a fazer o registro", afirmou.

Para Paula Medeiros, analista de treinamento, muitas mulheres já não aguentam os abusos caladas. "Eu acho que o fato de isso estar vindo à tona significa que a gente quer uma mudança. Uma mudança de comportamento, de ação, de punição também", disse.

Se você for vítima ou se perceber um caso de assédio nos trens, o melhor caminho é procurar imediatamente um funcionário do Metrô ou da CPTM na estação mais próxima.

Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: Fiquem Sabendo

segunda-feira, 7 de março de 2016

Estação Antonio Gianetti Neto recebe campanha de violência contra a mulher amanhã (08/03/2016)

Amanhã (08/03/2016), será celebrado o Dia Internacional da Mulher, e a Estação Antônio Gianetti Neto, que atende a Linha 11-Coral, terá uma campanha de orientação sobre a violência contra a mulher, das 10h às 17h.​

Um estande será montado na área livre da estação para dar orientações e informar sobre os locais de atendimento para casos de agressão ou assédio. Na ocasião, também serão entregues cartilhas informativas, disponibilizadas pelo núcleo especializado de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

 
Cerca de 15 profissionais, entre psicólogas e assistentes sociais, integrarão a equipe que fará o atendimento às usuárias.
 
A ação realizada na CPTM é fruto de uma parceria com o Conselho Municipal de Direitos da Mulher, da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos.
 
Não se cale!
 
A violência contra mulheres segue fazendo vítimas no Brasil. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, baseados na Central de Atendimento à Mulher, entre Janeiro e Outubro de 2015, quase 40% das mulheres em situação de abuso sofrem agressões diariamente e 34%, semanalmente.
 
A CPTM repudia o assédio sexual e qualquer tipo de violência contra o gênero, crime que deve ser combatido dentro e fora do transporte público. Para isso, realiza a campanha “Se eu vejo, denuncio” e ressalta que a cooperação dos usuários é fator fundamental para eliminar práticas de constrangimento nos trens e estações.
 
A orientação é para que a vítima ou outro usuário denuncie o suspeito imediatamente a algum agente de segurança. A CPTM dispõe do serviço SMS-Denúncia, que garante total anonimato ao passageiro. O número é 9 7150-4949.
 
Fonte da Notícia & Imagem: CPTM

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Seguranças da CPTM agridem usuário e pessoa que filmava a cena na Linha 9-Esmeralda

Rapaz é agarrado pelo pescoço por segurança da CPTM (Foto: William Santana/VC no G1)
Seguranças da CPTM agredindo passageiro em trem da Linha 9
O internauta Willian Santana mandou pelo VC no G1 um vídeo mostrando um segurança da CPTM agredindo um jovem dentro de um trem da Linha 9-Esmeralda durante uma fiscalização contra o comércio ilegal nos trens. A polícia investiga o caso. A CPTM diz que os agentes de segurança são tercerizados e foram afastados preventivamente .
 
A agressão aconteceu dia 30/01/2016, por volta das 16h20. William Santana conta que entrou na Estação Jurubatuba e percebeu que já havia um clima de tensão entre seguranças e o rapaz. Na Estação Cidade Jardim, os seguranças se aproximaram e pediram para o jovem abrir a mochila, desconfiando que ele fosse um ambulante. Pouco depois, um dos seguranças agarra o rapaz pelo pescoço e o empurra.

Santana conta que o rapaz agredido dizia não ser vendedor, mas que estava se deslocando em direção a um bloco de pré-carnaval.

O mesmo segurança que colocou a mão no pescoço do jovem derrubou depois o celular de Santana, que filmava tudo. “Eles são despreparados. Querem ser juiz e polícia ao mesmo tempo”, diz ele defendendo ações educativas e administativas em vez de agressões contra o comércio irregular.

O internauta conta que também foi puxado para fora do trem pelos seguranças durante a confusão, mas que foi ajudado por outros passageiros. Para não ter seu celular “confiscado”, chutou o aparelho para baixo de um banco para recuperá-lo depois.

A CPTM afirmou que agentes terceirizados faziam apreensão de mercadorias de comércio irregular na Estação Pinheiros e que entraram em "conflito" com um usuário que teria defendido os ambulantes. Agentes da segurança da CPTM intervieram e encaminharam todos os envolvidos ao Delpom, onde foi registrado um Termo Circunstanciado, segundo a CPTM.

A empresa disse ainda repudiar o uso da violência e que está colaborando com a polícia. Enquanto a investigação sobre o fato não é concluída, os agentes envolvidos foram afastados preventivamente.

Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: William Santana

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Homem baleado na Linha 7-Rubi queria se suicidar

Um indivíduo sob efeito de drogas e com intenção de se matar invadiu dia 11/01/2016, por volta das 10h, a faixa ferroviária na Linha 7-Rubi (Luz-Francisco Morato), portando um facão e uma barra de ferro. Ele parou sobre a via em que estava vindo um trem, mas, ao avistá-lo, o maquinista conseguiu acionar os freios a tempo de evitar a tragédia.

O indivíduo foi até o trem e ameaçou o maquinista, que pediu ajuda ao Centro de Controle. Uma equipe de segurança chegou ao local e passou a dialogar com o homem. 

Segundo a CPTM, ele estava muito alterado, não aceitava sair da via, nem largar as armas que carregava, e declarava estar disposto a tudo: morrer ou matar alguém.

Diante da frustrada tentativa de diálogo, a equipe de segurança utilizou um equipamento não letal de intervenção, na tentativa de imobilizar o agressor, porém o mesmo conseguiu livrar-se, cortando os fios com o facão, e partiu em direção aos profissionais, que não tiveram outra alternativa senão o disparo da arma de fogo. O agressor foi atingido no braço e a equipe retomou o diálogo até sua rendição.

O homem foi encaminhado ao hospital, onde permanece internado, sem risco de morte. O caso foi registrado no 46º Distrito Policial. 

Fonte da Notícia: Diário de São Paulo

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Agente da CPTM atira para imobilizar homem com facão na Linha 7-Rubi

Um agente de segurança da CPTM atirou com arma de fogo contra um homem de idade não divulgada que bloqueava a passagem dos trens na Estação Perus, na zona norte. O episódio ocorreu por volta das 10h de 11/01/2016.

De acordo com a companhia, o homem, que estaria sob o efeito de drogas, invadiu a faixa ferroviária da Linha 7-Rubi com um facão e uma barra de ferro, com "intenção suicida". Com a chegada do homem, o maquinista conseguiu acionar os freios e evitar o atropelamento.

Em seguida, o homem teria ameaçado o maquinista, que chamou a segurança. Uma equipe que foi ao local disse que ele estava "muito alterado" e não aceitava sair da via nem largar as armas que empunhava.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o rapaz avançando sobre os seguranças, que revidaram com o uso de um choque elétrico. Como a arma não foi suficiente para imobilizá-lo, um deles atirou em seu braço. De acordo com os funcionários, após ser baleado, ele se rendeu.

Foi acionado o socorro e o homem foi encaminhado ao Pronto-Socorro de Pirituba, na zona norte. O caso foi registrado no 46º Distrito Policial (Perus).

Fonte da Notícia: UOL

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Seguranças atiram em passageiro com facão nos trilhos da Linha 7-Rubi

Imagem ilustrativa do ocorrido na manhã de 11/01/2016
Um vídeo mostra agentes de segurança da CPTM atirando contra um homem que invadiu os trilhos da Linha 7-Rubi com um facão na manhã de ontem (11/01/2016). O incidente aconteceu na altura da Estação Perus.
 
A CPTM confirmou a ocorrência, afirmando que por volta das 10h, "um homem sob efeito de drogas e com intenção suicida invadiu a linha portando um facão e uma barra de ferro".

Após uma tentativa frustrada de diálogo, segundo a CPTM, a equipe de segurança teria utilizado um equipamento não letal de imobilização. Sem sucesso, os agentes recorreram à arma de fogo para contê-lo. Ferido no braço, o homem foi socorrido pelo SAMU para o PS Pirituba.

As imagens mostram o homem está de pé cercado por três guardas ferroviários e dois seguranças da CPTM. A empresa disse que o guarda que está à esquerda usa uma pistola de choque elétrico pra tentar conter o homem. É possível a ouvir três disparos de arma de fogo.

A empresa disse que "os profissionais não tiveram outra alternativa senão o disparo" e que "a equipe seguiu todos os procedimentos determinados para casos semelhantes".

A Secretaria da Segurança Pública disse que a Polícia Civil está apurando o caso, que foi registrado como lesão corporal, resistência e desobediência no 46º DP. Os agentes da CPTM foram ouvidos e as imagens estão sendo analisadas. Quando o rapaz baleado tiver condições clínicas, ele também prestará depoimento.

Os usuários frequentemente enfrentam atrasos na Linha 7-Rubi. Na última semana houve registro de pelo menos três ocorrências por conta de problemas em composições e falhas na rede elétrica.

Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: Diário de São Paulo

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Confusão na Estação Palmeiras-Barra Funda por causa de futebol termina em morte

Confusão em estação da CPTM acaba com tiros e uma pessoa baleada em São Paulo (Foto: Reprodução TV Globo)
Cenas do crime neste domingo na Estação Palmeiras-Barra Funda
Uma confusão na Estação Palmeiras-Barra Funda da CPTM, em São Paulo, assustou passageiros na noite de 22/11/2015. Um policial militar aposentado levou socos de um homem e reagiu com tiros. Uma pessoa foi baleada duas vezes nas costas 
As imagens das câmeras de segurança da CPTM mostram o policial aposentado Nivaldo Altea Souza entrando no banheiro com uma mochila nas costas, às 22h40. Atrás dele está um homem identificado como Thiago Lima de Miranda. Os dois ficam por cerca de 4 minutos dentro do banheiro.

As imagens não mostram, mas testemunhas contaram que, no local, houve uma briga com socos, empurrões e agressão com um cabo de vassoura. No vídeo é possível ver as pessoas deixando o banheiro e assistindo à confusão. Thiago de Miranda é o primeiro a sair e espera o PM aposentado, que aparece com a mão dentro da mochila.

Eles brigam novamente. O policial é atingido com socos, e depois saca a arma e atira. Os disparos atingem duas vezes as costas de Miranda. Assustados, os passageiros correm com medo de serem baleados. Depois dos tiros, as câmeras mostram o ex-PM caminhando normalmente.

Mas, logo após a confusão, os agentes da CPTM detiveram o policial aposentado e chamaram a polícia. Para o delegado, o atirador disse que sofreu uma tentativa de roubo.

Já a vítima baleada relatou que foi uma briga, mas não explicou o motivo. Ele foi levado para a Santa Casa e teve alta dia 23/11/2015. Segundo a unidade médica, a lesão foi superficial. Para a polícia, a reação do ex-PM foi desproporcional à agressão. Ele está preso e deve ser encaminhado ao Presídio Romão Gomes.

"O grande erro dele foi ter efetuado os disparos quando o indivíduo já não o agredia mais, e principalmente os disparos terem sido feitos quando o indivíduo correu, isso é uma situação errada", afirmou o delegado Luiz Roberto de Arruda.

Fonte da Notícia: G1-SP
Imagem: TV Globo

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A cada 48 horas, uma mulher é assediada nos trens do Metrô e da CPTM

A cada 48 horas, uma mulher registra boletim de ocorrência por assédio nos trens de SP
Mulheres protestam contra abusos sexuais no Metrô e na CPTM
A cada 48 horas, uma mulher registra boletim de ocorrência por assédio no Metrô e na CPTM. A informação foi obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo por meio da Lei de Acesso à Informação.

O Estadão também descobriu que dois em cada três casos registrados (69%) ocorreram nos horários de pico. Entre janeiro e agosto deste ano, cem queixas de assédio chegaram às autoridades. No mesmo período de 2014, foram 65 – o que determina um aumento de 53% de lá para cá. Entre as vítimas que fizeram denúncia à polícia, há mulheres de 11 a 57 anos, sendo que 65% têm entre 18 e 29. Elas relatam, segundo o jornal, “ter sido perseguidas, ameaçadas, agredidas, apalpadas e filmadas”.

As linhas com maior número de passageiros, 1-Azul e 3Vermelha, concentram a maioria dos registros (84%). Nesse quesito, a Sé é campeã: 19% dos casos foram notificados na estação. Segundo o Metrô, entretanto, isso não significa que nela ocorram de fato mais assédios: é necessário considerar que concentra o maior número de desembarques.

Ainda de acordo com a reportagem, mesmo acompanhadas, as mulheres não escapam da ação dos assediadores: algumas estavam com a mãe ou com o companheiro, por exemplo, quando o fato aconteceu. Dentre os episódios relatados, há casos de “homens que se masturbaram e ejacularam na roupa das vítimas” e até uma ocorrência de estupro.

Fonte da Notícia & Imagem: Revista Fórum

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A cada 48 horas uma mulher é violentada no Metrô e na CPTM

Mulheres de manifestam contra abusos na CPTM e no Metrô
A cada dois dias, uma mulher registra um boletim de ocorrência por assédio no Metrô e na CPTM. Dois em cada três casos (69%) aconteceram nos horários de pico. Dados obtidos pelo Estado, por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram que de Janeiro a Agosto de 2015 foram registrados cem casos de assédio sexual. No mesmo período do ano passado, foram 65. Apesar do aumento de 53%, os números podem até ser menores que a realidade, pois muitas não denunciam o assédio.

Entre as vítimas que procuraram a polícia, há mulheres de 11 a 57 anos que relataram ter sido perseguidas, ameaçadas, agredidas, apalpadas e filmadas. Há ainda registro de homens que se masturbaram e ejacularam na roupa das vítimas e até mesmo um caso de estupro. 

Além de acontecer em horários de maior circulação e nas linhas com o maior número de passageiros – Azul e Vermelha concentram 84% dos registros –, mesmo acompanhadas, as mulheres não estão seguras. Há relatos de crimes sexuais em que as vítimas estavas com a mãe ou com o marido.

Assediada no dia 15, às 6h30 em uma linha da CPTM, Paula Sionti, de 18 anos, tem o perfil da maioria das vítimas – 65% das mulheres assediadas têm entre 18 e 29 anos. “O vagão estava muito lotado, mal conseguia me mexer e comecei a sentir um homem se esfregando em mim. Ele chegou a passar a mão na minha genitália. Na hora eu travei, não consegui gritar, xingar ou fazer qualquer coisa. Tive medo da reação dele e das outras pessoas”, contou. O agressor não foi identificado.

Segurança da Linha Azul há 13 anos e um dos diretores do sindicato dos metroviários, Caio Peretti estima que a cada dez mulheres que relatam assédio sexual, oito desistem de registrar boletim de ocorrência por não acreditar que o agressor será preso. “Se não conseguimos identificar e localizar o autor para fazer o flagrante, a vítima não registra. É comum as pessoas serem assediadas e nós não conseguirmos (fazer o flagrante) porque falta efetivo”, afirmou. “Acaba não entrando na estatística, mas o número de casos de assédio é muito maior. ” 

Paula, por exemplo, não entrou para as estatísticas porque não se sentiu segura em procurar ajuda. “Estava com uma calça legging na hora e achei que poderiam dizer que eu era culpada por isso. Lembrei dos casos em que os próprios guardas assediaram as meninas e não me senti segura. ” Neste ano, dois agentes da CPTM foram demitidos por assediar passageiras.

Segundo o Metrô, dos 1.200 seguranças, 156 são mulheres, o que é “mais do que suficiente”, segundo a companhia, que assegura haver pelo menos uma mulher em cada estação. Também disse ter 3.900 câmeras espalhadas em 70% dos vagões e em todas as estações, com exceção da Conceição e Jabaquara, da Linha Azul, a mais antiga.

Campeã de registros, a Sé concentrou 19% dos casos deste ano. De acordo com o Metrô, não significa que a estação seja a que tem mais assédios, mas a que concentra o maior número de desembarques.

Luzia Margareth Rago, historiadora da Unicamp, diz que os assédios são sustentados por uma cultura machista, que torna a mulher objeto, e pelo fato de que o autor dificilmente será punido. “Quem assedia dessa forma não quer lisonjear, quer intimidar. ”

Em um dos casos registrados neste ano, um homem mostrou o pênis para uma estudante de 23 anos. Ele foi detido por seguranças e se constatou que já tinha outros dois boletins de ocorrência por importunação ofensiva ao pudor – que é a tipificação mais comum, registrada em 86% dos casos. Mesmo assim, o homem foi liberado.

Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Imagem: Planeta Sustentável

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A cada 48 horas, uma mulher reclama de ser violentada sexualmente no Metrô e na CPTM

A cada dois dias, uma mulher registra um boletim de ocorrência por assédio no Metrô e na CPTM. 

Dois em cada três casos (69%) ocorreram nos horários de pico. Dados obtidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo", por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram que de janeiro a agosto deste ano foram registrados cem casos de assédio sexual. No mesmo período do ano passado, foram 65. Apesar do aumento de 53%, os números podem até ser menores que a realidade, pois muitas não denunciam o assédio.

Entre as vítimas que procuraram a polícia, há mulheres de 11 a 57 anos que relataram ter sido perseguidas, ameaçadas, agredidas, apalpadas e filmadas. Há ainda registro de homens que se masturbaram e ejacularam na roupa das vítimas e até um caso de estupro.

Além de ocorrer em horários de maior circulação e nas linhas com o maior número de passageiros - Azul e Vermelha concentram 84% dos registros -, mesmo acompanhadas, as mulheres não estão seguras. Há relatos de crimes sexuais em que as vítimas estavam com a mãe ou com o marido.

Assediada no dia 15, às 6h30 em uma linha da CPTM, Paula Sionti, de 18 anos, tem o perfil da maioria das vítimas - 65% das mulheres assediadas têm entre 18 e 29 anos. “O vagão estava muito lotado, mal conseguia me mexer e comecei a sentir um homem se esfregando em mim. Ele chegou a passar a mão na minha genitália. Na hora eu travei, não consegui gritar, xingar ou fazer qualquer coisa. Tive medo da reação dele e das outras pessoas”, contou. O agressor não foi identificado.

Segurança da Linha Azul há 13 anos e um dos diretores do sindicato dos metroviários, Caio Peretti estima que a cada dez mulheres que relatam assédio sexual, oito desistem de registrar boletim de ocorrência por não acreditar que o agressor será preso. “Se não conseguimos identificar e localizar o autor para fazer o flagrante, a vítima não registra. É comum as pessoas serem assediadas e nós não conseguirmos (fazer o flagrante) porque falta efetivo”, afirmou. “Acaba não entrando na estatística, mas o número de casos de assédio é muito maior.”

Paula, por exemplo, não entrou para as estatísticas porque não se sentiu segura em procurar ajuda. “Estava com uma calça legging na hora e achei que poderiam dizer que eu era culpada por isso. Lembrei dos casos em que os próprios guardas assediaram as meninas e não me senti segura.” Neste ano, dois agentes da CPTM foram demitidos por assediar passageiras.

Segundo o Metrô, dos 1.200 seguranças, 156 são mulheres, o que é “mais do que suficiente”, segundo a companhia, que assegura haver pelo menos uma mulher em cada estação. Também disse ter 3.900 câmeras espalhadas em 70% dos vagões e em todas as estações, com exceção da Conceição e Jabaquara, da Linha 1-Azul, a mais antiga.

Campeã de registros, a Sé concentrou 19% dos casos deste ano. De acordo com o Metrô, não significa que a estação seja a que tem mais assédios, mas a que concentra o maior número de desembarques.

Luzia Margareth Rago, historiadora da Unicamp, diz que os assédios são sustentados por uma cultura machista, que torna a mulher objeto, e pelo fato de que o autor dificilmente será punido. “Quem assedia dessa forma não quer lisonjear, quer intimidar.”

Em um dos casos registrados neste ano, um homem mostrou o pênis para uma estudante de 23 anos. Ele foi detido por seguranças e se constatou que já tinha outros dois boletins de ocorrência por importunação ofensiva ao pudor - que é a tipificação mais comum, registrada em 86% dos casos. Mesmo assim, o homem foi liberado.

Fonte da Notícia: Agência Estado
Imagem de Dario Oliveira

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

CPTM amplia campanha contra abuso sexual e incentiva os usuários a denunciarem

A CPTM intensificará a campanha “Se eu vejo, denuncio!”, que aborda a questão do abuso sexual, a partir de amanhã (24/09/2015), nas redes sociais.

A campanha ganhou o apoio de blogueiros e influenciadores digitais, que posaram para as fotos exibindo um cartaz com a frase “Se eu vejo, denuncio! SMS 97150-4949” e uma mensagem pessoal de conscientização, que será publicada na página do Facebook da CPTM.

 O público será convidado a fazer o mesmo, enviando suas fotos tiradas nas dependências da CPTM para o Facebook ou Twitter oficiais da empresa, com uma sugestão de mensagem. As fotos e as mensagens poderão ser exibidas durante a campanha nos monitores dos trens e estações e nas redes sociais da Companhia.

 A cooperação dos usuários é o fator fundamental para eliminar práticas desse crime no interior dos trens. A orientação é para que a pessoa denuncie o suspeito imediatamente a algum agente de segurança ou por meio do serviço de SMS-Denúncia 97150-4949, que garante total anonimato do passageiro.

Qualquer comportamento inadequado percebido pelos passageiros é tratado com prioridade assim que a denúncia é recebida pela Central de Segurança. É importante ressaltar que o sucesso da ação dos agentes de Segurança depende também da vítima apresentar queixa pessoalmente na delegacia. Sem isso, o infrator não pode ser autuado.

A campanha é permanente, mas nos próximos três meses será intensificada nas redes sociais, com a participação dos blogueiros. 

Fonte da Notícia e Imagem: CPTM

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

CPTM demite funcionário responsável de abusar de passageira em trem

A CPTM demitiu um funcionário que foi preso em flagrante por assediar sexualmente uma passageira dentro de um trem na Linha 11- Coral.

O funcionário Levi Lopes da Silva, de 54 anos, é agente operacional e trabalha dando suporte na estação. Segundo a CPTM, ele não estava trabalhando no momento do assédio. O homem acabou agredido por outros passageiros.

A história foi parar nas redes sociais. A vítima, de 18 anos, estava no começo da manhã em um trem lotado.  Na Estação Corinthians-Itaquera, percebeu que um homem se encostava nela de maneira inadequada. A jovem pediu ajuda e passageiros começaram a bater nele, que foi apanhando até ser jogado para fora do trem, na Estação Tatuapé.

A jovem e o suspeito foram levados para uma delegacia no Tatuapé, onde o caso foi registrado. O senhor de 54 anos admitiu o que fez e contou que é funcionário da CPTM há 35 anos.  Ele é casado, tem filhos e netos e  não tem passagem pela polícia, mas foi preso em flagrante por estupro e pode pegar de 6 a 10 anos de cadeia.

Passageiros disseram que tentaram acionar a segurança da CPTM por torpedo SMS, sem sucesso. A CPTM informou que não recebeu nenhuma  mensagem  de passageiro denunciando o caso de assédio na Linha Coral. E que repudia o abuso sexual, crime que deve ser combatido dentro e fora do transporte público.
 
Fonte da Notícia: G1-SP

"A vítima só tem a boca para gritar", diz delegada sobre assédios no transporte público

Estação Tatuapé (Linha 11-Coral)
A história se repete quase que diariamente. De um lado, uma mulher dentro do transporte público, do outro, um encoxador e até mesmo um estuprador, que se aproveita da superlotação do transporte e do machismo da sociedade para fazer mais uma vítima. E uma das pontas que podem ajudar a diminuir os casos é a aplicação correta da lei, porém, muitas vezes ela depende da interpretação do delegado que atende a vítima.
A delegada Deise Brasil, da 5º Delegacia da Mulher, na Vila Zilda, zona leste de SP, não teve dúvida de que se tratava de um crime de estupro a situação vivida por uma jovem de 18 anos na terça-feira (15/09/2015), dentro de um trem, entre as Estações Itaquera e Tatuapé da CPTM.
Um homem de 54 anos se esfregou na vítima, teve uma ereção, ejaculou e a agrediu fisicamente. A reação da jovem foi gritar e o homem acabou apanhando de diversos usuários do trem e preso em flagrante pelo crime de estupro.

O caso é muito semelhante ao que aconteceu com uma repórter do R7, em maio deste ano, porém, no boletim de ocorrência desse caso consta a contravenção de perturbação da tranquilidade. Mesmo com flagrante, muitas vezes, o agressor apenas assina um termo circunstanciado e sai pela porta da frente da delegacia, frustrando às vítimas.

A reportagem conversou com a delegada Deise sobre o enquadramento de estupro. Confira a entrevista:
R7 - Por que você decidiu enquadrar o suspeito no crime de estupro?

Deise Brasil - O homem se aproveitou de um trem lotado, viu a vítima e chegou a ejacular nela. Nessa situação, a única coisa que resta para a vítima é a boca para gritar. O enquadramento jurídico fica a cargo do delegado e, nesse caso, para mim, com base na lei, foi estupro. Depois encaminhamos o registro para o juiz, que ratifica ou não o crime.

R7 - Casos semelhantes são tratados de forma diferentes em outras delegacias. Ao que você atribui isso?

Deise - O que acontece em outras delegacias, eu não sei te dizer. Mas, se a conduta do autor se enquadra na descrição do crime de estupro, não há outra alternativa. Mesmo sem a presença do autor é possível fazer um boletim de ocorrência de estupro de autoria desconhecida.

R7 - Você acredita que mais enquadramentos de estupro, e não de perturbação da tranquilidade, poderiam ajudar a dar mais visibilidade para os casos de abusos no transporte público?

Deise - Com o aumento de casos, o poder público tem que tomar mais atitudes. Educação e ações de combate o assédio também são de extrema importância. Aqui [na delegacia], eu faço a minha parte.
 
Fonte da Notícia: Portal R7 
Imagem de Felipe Golfeto