O comércio ilegal de passagens de trens acontece na porta das estações
da CPTM, em plena luz do dia, a poucos metros das bilheterias oficiais,
informou o Bom Dia São Paulo. Um mesmo cartão ou
bilhete é passado diversas vezes na catraca pelas pessoas envolvidas nos
esquemas.
A passagem na bilheteria custa R$ 3,80, mas os passageiros acessam as
estações por R$ 3,00 no comércio paralelo. O comércio ilegal é realizado de
diferentes formas nas estações da capital e da Região Metropolitana de São Paulo.
Na Estação Jaraguá, o cartão aparentemente adulterado é emprestado ao
passageiro em frente aos fiscais. Na Estação Mauá, o cartão fica com o
vendedor, que libera a catraca por R$ 3,50.
A reportagem flagrou crianças participando do esquema. Questionada
sobre como vendia o bilhete por um valor menor e ainda lucrava, uma
criança respondeu que “os caras têm os rolos deles”.
Os fiscais da CPTM reconhecem o problema, mas não sabem como
resolvê-lo. “Enquanto não envolver a polícia, não vai resolver”, disse
um fiscal, sem saber que era gravado. “Eu acho que tem alguma gambiarra
aí porque eles vendem mais barato e ganham. É complicado, viu. Mas
também se não tivesse quem alimentasse o esquema, ele não existiria né”,
opinou outra fiscal.
A SPTrans e a CPTM não quiseram gravar entrevista.
Em nota, a SPTrans disse que não cabe a ela fiscalizar o uso do cartão
nas estações da CPTM e que é responsável pela gestão do Bilhete Único.
Segundo a autarquia, 19 mil cartões foram cancelados em 2016 por
apresentarem indícios de uso excessivo.
Em nota, a CPTM disse que realiza fiscalizações constantes e que em Junho de 2016 foram apreendidos 728 Bilhetes Únicos.
Fonte da Notícia: G1-SP
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