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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Extensão da Linha 9-Esmeralda até Varginha será inaugurada em 2017

Obras na Futura Estação Varginha (Linha 9-Esmeralda)
O prolongamento da Linha 9-Esmeralda da CPTM do Grajaú até Varginha, na zona sul paulistana, prometido em 2013 para ser entregue neste mês, ficará agora para 2017. Atrasos nos entendimentos entre Estado e União para liberação das verbas são as principais causas do adiamento. A extensão da linha deveria beneficiar 100 mil pessoas.

A proposta do Governo Geraldo Alckmin é a construção de mais 4,5 quilômetros de trilhos, a partir do Terminal Grajaú da São Paulo Transporte, onde fica a parada final da Linha 9-Esmeralda, até o Terminal Varginha, também da SPTrans. Com a obra, os moradores chegariam mais rápido ao sistema de trilhos, ganhando tempo durante o dia. A Linha 9-Esmeralda é tida como a "linha nobre" da CPTM, que tem os trens e estações mais modernos - mas também passa por obras de modernização de vias.

A extensão foi contratada pelo governo em setembro de 2013, quando o Estado assinou acordo com dois consórcios de empreiteiras para a execução das obras civis. O prazo original dos contratos era de 27 meses - com término programado para dezembro de 2015. No meio do ano passado, porém, ante os problemas de financiamento, a gestão Alckmin publicou, no Diário Oficial, sem alarde, termos de aditamento contratual prorrogando o prazo por mais 18 meses. A promessa, agora, é entregar a ligação em 2017.

Os contratos com as empresas somam R$ 272 milhões (ou R$ 328 milhões, em valores corrigidos). É apenas parte dos custos da obra, que chegam a R$ 780 milhões.

Burocracia

O Secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, argumenta que o problema da obra não foi a falta de recursos em si, mas sim a burocracia relacionada à liberação da verba, que vem do PAC. Segundo ele, o Estado primeiro fez as licitações da obra para, depois, assinar os acordos finais de financiamento com a União. Quando foi obter os recursos, viu que não poderia.

"Aqui em São Paulo, quando fazemos uma licitação, usamos a modalidade 'menor preço global', ou seja: as empreiteiras que saem vencedoras são as que apresentam o menor curso total para executar nosso projeto", explica. "Só que o governo federal usa outro critério, 'o menor preço unitário', que elege vencedora a empresa que apresenta menor preço para cada um dos itens que compõem o preço final", continua. "Assim, passamos meses tentando negociar uma excepcionalidade para destravar a liberação dos recursos, sem sucesso." Com essas mudanças, a parte que o Estado pagaria na obra passou de R$ 284 milhões para R$ 390 milhões, informa Pelissioni.

Os recursos do Governo Federal são para os serviços complementares, como instalação de equipamentos de via, sinalização de trens e fornecimento de energia. "O que tivemos de fazer foi buscar, com o governo do Estado, recursos extras, que não estavam previstos no Orçamento, e refazer as licitações", diz o secretário. Esses serviços envolvem a realização de mais dez licitações.

União

Procurado, o Ministério das Cidades, encarregado da gestão dos recursos do PAC para a mobilidade, informou que faz "todas as exigências previstas na legislação", antes da liberação de recursos, "a fim de que as obras sejam executadas da melhor forma e no menor tempo possível".

"Desde 2003, o Ministério possui uma carteira de investimentos de R$ 574 bilhões, sendo cerca de R$ 160 bilhões em mobilidade urbana. Desse total, aproximadamente R$ 28 bilhões são projetos desenvolvidos no Estado de São Paulo", disse o ministério, em nota.

Além da intervenção na Linha 9-Esmeralda, a única ampliação tocada pela CPTM é a Linha 13-Jade, que sairá da zona leste e irá até o Aeroporto de Cumbica.

Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo 
Imagem: Felipepf

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