Os funcionários da CPTM 
estão trabalhando, desde sábado (09/05/2015), com coletes e adesivos da campanha 
salarial 2015. A decisão de decretar estado de greve foi tomada na 
sexta-feira (08/05/2015) à noite, após os trabalhadores rejeitarem a proposta da 
empresa do governo estadual.
Os ferroviários pedem 7,89% de reajuste salarial, mais 10% de aumento 
real. Além disso, querem uma garantia de pagamento mínimo de R$ 5 mil  
de PLR este ano,  vale-refeição 
no valor de R$ 840, vale-alimentação de R$ 400 e  
auxilio-materno-infantil de R$ 500.
Segundo o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz 
Alves de Matos, “após várias rodadas de negociações, a CPTM informou que
 não poderia oferecer mais do que 6,65% de reajuste salarial, com 
reflexos às demais cláusulas econômicas, e zero de aumento real”.
“A proposta da CPTM,  além de desrespeitosa,  é vergonhosa porque não 
atende aos anseios da categoria. O Sindicato dos Ferroviários sempre deu
 chances e priorizou as negociações. Mas de que adianta essa nossa 
atitude, de que adianta tanta dedicação e esforço por parte dos 
trabalhadores, se ao final não recebem reconhecimento?”, atacou o 
sindicalista.
Na sexta-feira os trabalhadores também  definiram  a manutenção da 
“assembleia em caráter permanente até o encerramento da campanha 
salarial e estado de greve”. 
Negociação 
No ano passado (2014) a categoria ameaçou parar por diversas vezes,
 inclusive durante a Copa do Mundo, mas acabou aceitando a proposta da 
CPTM e os trens circularam sem interrupção.
O acordo foi fechado após a companhia aumentar  a proposta de reajuste 
dos salários  de 7% para 7,5%, além de elevar o vale-alimentação de R$ 
100 para R$ 247. A empresa ofereceu ainda  o valor mínimo de R$ 3,5 mil 
de PLR atrelado ao cumprimento de metas, aumento de 18,58% no 
vale-refeição, que subiu de 22 cotas mensais de R$ 23 para 24 cotas de 
R$ 25, e reajuste no auxílio materno-infantil de 7,5%, o que foi considerado positivo pelos ferroviários.
A categoria também cobrava condições de trabalho “padrão Fifa”, em 
alusão aos estádios construídos para o Mundial de futebol no Brasil. A 
última paralisação geral da CPTM aconteceu em 2013, mesmo assim só em 
algumas linhas.
Fonte da Notícia: Diário da CPTM
Imagem de Adamo Bazani 
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