Os deputados estaduais de São Paulo que aprovaram um Projeto de Lei que
prevê a separação de vagões exclusivos para mulheres nos trens do metrô e
da CPTM o fizeram o fizeram por desencargo, “para dizer que fizeram
alguma coisa”. A opinião é da mestranda em em Filosofia Djamila Ribeiro,
na Universidade Federal de São Paulo. Para ela, a medida não chega
sequer a ser um paliativo contra a prática do assédio sexual, pois não
ataca em nenhum grau a mentalidade machista e sexista que leva homens à
praticar abusos em transportes coletivos.
Em reportagem de Cláudia Rocha para a Rádio Brasil Atual, Djamila afirma que é compreensível que mulheres se sintam mais seguras num vagão segregado, mas considera a medida incapaz de atacar a raiz do problema. E questiona: como ficariam as mulheres que não utilizarem o ‘vagão rosa’ por estar lotado, ou por estarem acompanhadas de amigos, ou por não poderem esperar o próximo trem? “Essas poderão ser assediadas?”, critica. “A medida acaba culpabilizando a mulher por ser assediada.
Para secretária de Mulheres da CUT-SP, Sônia Auxiliadora, as experiências do Rio, onde o vagão segregado já funciona desde 2006, e de outras cidades revelam que as mulheres continuam sendo assediadas e que a segregação não resolve, porque não educa. Segundo ela, os vagões – e os trens todos – estão sempre lotados e falta espaço e fiscalização. Os homens acabam usando o vagão de mulheres e não há fiscalização. “É preciso que homens e mulheres tenham seu direito de ir e vir sem serem desrespeitados.”
O projeto foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa e segue agora para sanção do Governador Geraldo Alckmin.
Em reportagem de Cláudia Rocha para a Rádio Brasil Atual, Djamila afirma que é compreensível que mulheres se sintam mais seguras num vagão segregado, mas considera a medida incapaz de atacar a raiz do problema. E questiona: como ficariam as mulheres que não utilizarem o ‘vagão rosa’ por estar lotado, ou por estarem acompanhadas de amigos, ou por não poderem esperar o próximo trem? “Essas poderão ser assediadas?”, critica. “A medida acaba culpabilizando a mulher por ser assediada.
Para secretária de Mulheres da CUT-SP, Sônia Auxiliadora, as experiências do Rio, onde o vagão segregado já funciona desde 2006, e de outras cidades revelam que as mulheres continuam sendo assediadas e que a segregação não resolve, porque não educa. Segundo ela, os vagões – e os trens todos – estão sempre lotados e falta espaço e fiscalização. Os homens acabam usando o vagão de mulheres e não há fiscalização. “É preciso que homens e mulheres tenham seu direito de ir e vir sem serem desrespeitados.”
O projeto foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa e segue agora para sanção do Governador Geraldo Alckmin.
Fonte da Notícia: Rádio Brasil Atual
The São Paulo state legislators who approved a bill providing for separation of exclusive cars for women on subway trains and the CPTM did did so disengage, "to say they did something." This is the opinion of the master's degree in Philosophy Djamila Ribeiro, Federal University of São Paulo. For her, the measure is not even being a palliative against the practice of sexual harassment, because it does not attack in any degree the macho and sexist mentality that leads men to commit abuses in public transportation.
In reporting by Claudia Rocha for Brazil Current Radio, Djamila says it is understandable that women feel safer in a segregated wagon, but considers the extent unable to attack the root of the problem. And asks: what about the women who do not use 'pink wagon' to be crowded, or are accompanied by friends, or can not wait for the next train? "These may be harassed?" He criticizes. "The measure ends up blaming women for being harassed.
Secretary for Women CUT-SP, Sonia Help the experiences of Rio, where segregated wagon longer works since 2006, and other cities show that women continue to be harassed and that segregation does not solve, why not educate. According to her, the cars - and all trains - are always crowded and lack space and supervision. The men end up using the wagon women and no supervision. "We need men and women have their right to come and go without being disrespected."
The project was approved last week in the Legislative Assembly and now goes to the Governor Alckmin penalty.
Source of News: Rádio Brasil Atual
In reporting by Claudia Rocha for Brazil Current Radio, Djamila says it is understandable that women feel safer in a segregated wagon, but considers the extent unable to attack the root of the problem. And asks: what about the women who do not use 'pink wagon' to be crowded, or are accompanied by friends, or can not wait for the next train? "These may be harassed?" He criticizes. "The measure ends up blaming women for being harassed.
Secretary for Women CUT-SP, Sonia Help the experiences of Rio, where segregated wagon longer works since 2006, and other cities show that women continue to be harassed and that segregation does not solve, why not educate. According to her, the cars - and all trains - are always crowded and lack space and supervision. The men end up using the wagon women and no supervision. "We need men and women have their right to come and go without being disrespected."
The project was approved last week in the Legislative Assembly and now goes to the Governor Alckmin penalty.
Source of News: Rádio Brasil Atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário