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quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Polícia Civil fecha dois postos ilegais de recarga de Bilhete Único próximo a Estação Brás

A Polícia Civil fechou dois postos ilegais de recarga de Bilhete Único que funcionavam próximo a Estação Brás da CPTM, na região central de São Paulo. Dois homens responsáveis por cada ponto de venda clandestino foram presos. As informações são do SPTV.

A operação aconteceu exatamente um mês após a suspensão da SPTrans, CPTM e Metrô à recarga do cartão anônimo de Bilhete Único, que não dispõe de dados do passageiro. A medida buscava evitar a venda clandestina de créditos, mas não foi suficiente para evitar o crime.

A dupla detida nesta terça tinha fornecedores de créditos e enganava usuários do sistema público de transporte com faixas e banners que simulavam um posto credenciado de recarga. Um dos detidos, que já foi preso por tráfico de drogas, recarregava bilhetes na porta de um bar. Outro, na porta de uma lanchonete. Ambos usavam um computador e um leitor magnético para transferir créditos, e guardavam seus pagamentos em uma gaveta.

"Agora, o nosso próximo passo é identificar quem fez esse programa. A perícia tem condições de descobrir isso, nós contamos também com o auxílio da SPTrans e da Polícia Científica", disse o supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil, Mário Palumbo Júnior.

Para enganar os passageiros que recarregavam os bilhetes nos postos falsos, os vendedores clandestinos ainda entregavam recibos forjados, impressos em papel normal e contando até com erros de escrita. O recibo verdadeiro é impresso em papel timbrado e apresenta código eletrônico.

Os pontos ilegais serviam também para recarregar bilhetes de outros vendedores, que atuam nas portas das estações. Nas estações Caieiras e Lapa, da CPTM, homens emprestam seus cartões por R$ 3,00, para que passageiros ingressem na linha. Em Perus, um home oferece um bilhete cheio pela metade do preço: R$ 300,00 em créditos saem por R$ 150,00

Além de ilegal, a recarga irregular também não garante sucesso na hora de embarcar. Em muitos casos, passageiros ficaram parados na catraca, sem conseguir viajar. "Coloquei R$ 22,00, aí passei na catraca. Coloquei na maquininha para ver o saldo, falou que foi removido antes de carregar o bilhete", contou uma usuária da CPTM.

Os dois detidos vão responder por furto mediante fraude. Segundo a polícia, 20 pessoas já foram detidas, em São Paulo, aplicando o mesmo golpe. Em nota, a CPTM afirmou que vai apurar se houve omissão de agentes ao coibir as práticas próximas às estações. Já a SPTrans disse que tem, em operação, uma solução tecnológica que cancela automaticamente, na catraca, cartões carregados com crédito irregular.

Fonte da Notícia: G1-SP

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