Entre apelidos e
brincadeiras trocados por alunos novatos e veteranos da USP durante uma
rotineira reunião do projeto de extensão do curso de biologia, o clima
divertido com que se apresentam as tardes de quartas-feiras no Jardim do
Instituto de Biociências da universidade conduz à uma conversa agradável que
acaba por definir os futuros rumos e atividades da CAMBIO (Comissão Ambiental
da Biologia), que visa em sua amplitude agir sobre os problemas presentes na
sociedade e abranger os três conceitos que compõem a sustentabilidade no que
diz respeito ao âmbito econômico, ambiental e social.
Constituída por jovens estudantes cujos pensamentos
cooperam para alcançar objetivos sustentáveis, a CAMBIO possui atividades
proporcionadas pelos mesmos. Feiras de livros, projetos de doações e o projeto
de compostagem no instituto de biociências foram apenas uns dos diversos que levaram
Paulo Kioshi Yamashita a se tornar membro da comissão em 2014, afirmando
ainda que o vê como um meio de retribuição à sociedade por estar estudando em
uma universidade pública.
Apesar de
atualmente a comissão contar com a média de seus 30 participantes
majoritariamente estudantes do curso de biologia, a CAMBIO assegura não querer
se restringir a pessoas de uma só área nem somente de estudantes da USP, uma
vez que necessita da integração daqueles cuja divergência de pensamentos, conhecimentos
e experiências faça expandir cada vez mais as metas do projeto.
Embora difícil
escolher uma ação entre tantas capazes de mudar sua forma de pensar e agir em
sociedade, Paulo afirma que a mais marcante é uma pela qual se empenha em
reverter os quadros problemáticos de saúde, alimentação e política que os indígenas das Aldeias Tekoa Pyau e
Tekoa Ytú, no Jaraguá, vivenciam e também aproximar as novas gerações da
natureza. “Quando falamos a palavra ’aldeia’ logo pensamos em ocas, fogueiras e
muita vegetação, porém, quando vemos a realidade dessas aldeias remanescentes
em São Paulo e outros locais urbanos vemos que o aspecto é bem diferente”, explica
ele.
Para participar do
projeto, o membro da CAMBIO brinca que não precisa de muito, só de um abraço e
muito carinho e reforça que a filosofia do projeto é capaz de mudar vidas:
“quando uma criança recebe um brinquedo com um sorriso; quando uma pessoa
recebe aquelas roupas com um abraço; quando as pessoas saem carregando um monte
de livros nas mãos com uma felicidade imensa ou quando uma criança Guarani te
abraça só por você estar ali com ela, isso, definitivamente, muda a vida de
todos os envolvidos.
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