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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Jundiaí possui 33 trens antigos a espera de manutenção

Locomotivas abandonadas do Museu da Companhia Paulista (Jundiaí)
Em um pátio fechado ao público, duas locomotivas que seriam enviadas para a antiga União Soviética e até uma Maria-Fumaça que transportou D.Pedro II aguardam por restauro no complexo Fepasa, em Jundiaí.
Nenhuma das 33 peças existentes no local está em condições de uso, mas o objetivo é restaurá-las para atrair turistas ao complexo, que conta com o Museu da Companhia Paulista.
A maria-fumaça que, segundo o museu, foi utilizada por D. Pedro II, por exemplo, está pichada e com claros sinais de desgaste do tempo.
O vagão-dormitório, por sua vez, está em bom estado.
"A intenção é recuperar esses vagões e locomotivas, mas esbarramos no orçamento, que é muito alto. E também dependemos de autorizações, pois não somos os proprietários das peças", afirmou a diretora administrativa do complexo, Maria Angélica Ribeiro.
Ela estima que o restauro de todas as peças fique em R$ 5 Milhões. O órgão tem orçamento anual de R$ 275 Mil.
Além da histórica maria-fumaça, duas locomotivas fabricadas nos EUA e que seriam enviadas à União Soviética –nunca foram– também estão no acervo.
O complexo em Jundiaí, que abriga o maior acervo documental do país, tem este nome em referência à antiga Fepasa, que em 1998 foi incorporada pela RFFSA.
As cidades paulistas enfrentam essa situação de abandono do patrimônio ferroviário pois nem todo o material (vagões, locomotivas e trilhos) foi concedido às vencedoras dos leilões realizados após a extinção da Fepasa.
Com isso, há uma disputa sobre a responsabilidade de cada um no espólio ferroviário, envolvendo Dnit, RFFSA, prefeituras e Iphan.
É o caso das unidades que estão em Jundiaí. Além de verba, elas dependem da aprovação de projetos de restauro.

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