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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Até quando teremos "serviços de bordo" no Metrô e na CPTM?

Os @UsuariosCPTM e @UsuariosMetroSP já sabem: a qualquer momento durante a sua viagem eles podem ser surpreendidos com algum tipo de comércio ou pedido. Pelo regulamento da CPTM como do Metrô, pedir dinheiro ou praticar comércio irregular é proibido. Mas todo mundo vive no país do “proibido é mais gostoso” não é mesmo?

Apesar da iniciativa inovadora da CPTM com a criação do SMS Denúncia (que foi copiada posteriormente pelo Metrô) combater a mendicância e o comércio irregular nos carros, plataformas e até mesmo nas passarelas parece algo mais difícil que o Brasil ganhar de 7 da Alemanha.

O serviço de SMS Denúncia envolve a demanda de alguns setores das empresas, principalmente o setor de segurança. A ação imediata de qualquer ato contra o regulamento é a melhor forma de repressão e mostrar ao usuário que o SMS enviado por ele realmente funciona. Quando o usuário envia o SMS e durante a sua viagem ele não vê a reação por parte da Companhia, o serviço cai em descrédito. Antes, é importante salientar uma importante questão: nem sempre o SMS chega ao Metrô tão rapidamente quanto à operadora de celular prometeu ter enviado. E infelizmente, não só o Metrô, bem como cada um de nós, usuários de celular já passamos por situação onde o SMS demorou a chegar a seu destino ou nem mesmo chegou. Mas além do problema “compartilhado” com a operadora de telefone celular, quais são os outros fatores que fazem o serviço não ser mais acreditado pelos usuários?

- Na CPTM: quem é usuário da CPTM e utiliza as linhas que possuem a frota com “carros contínuos” (“gangway”) já

deve ter percebido que nestes carros a identificação interna inexiste. Como informar que existe alguma coisa acontecendo em um carro se não sabe em qual carro se está? E pior: tanto quem pede quanto quem vende tem acesso ao carro todo e o faz indo e voltando por muitas vezes atrapalhando os outros usuários, principalmente nos horários de pico.

Solução: É importante que a CPTM se preocupe em colocar adesivos em todos os seus carros e divulgar com mais frequência que também possui o SMS Denúncia.

- No Metrô e na CPTM: conforme já dito, após o envio do SMS é gerada uma “ocorrência” onde normalmente quem atende é o setor de segurança. Através de rádios comunicadores, quem recebeu o SMS transmite a todos os agentes os detalhes da ocorrência e o agente mais próximo conduz a ação. Mas e quando não há agente próximo? O aumento do número de assaltos e de casos de assédio sexual nos carros de ambas as empresas mostram que a segurança não vem reprimindo, se fazendo presente ou sendo respeitada em carros, plataformas e nas passarelas. Além do atual número insuficiente de seguranças, falta uma campanha por parte de ambas as empresas para melhorar a imagem dos agentes perante a população. Um exemplo: que utiliza a @L3Vermelha sabe que não existem seguranças no final de semana (quiçá outros horários que não o de pico) no trecho entre as estações Artur Alvim e Carrão. Caso aconteça alguma coisa neste trecho e você recorra ao SMS, pode sentar e esperar. E por “coincidência” é justamente neste trecho a maior incidência de “serviço de bordo” no Metrô. Além do serviço de bordo, podemos citar as passarelas que ligam os shoppings no Complexo Tatuapé e a passarela que liga a estação Barra Funda ao Memorial da América Latina e a Uninove. Quem passa por ali todo dia vê uma “Rua 25 de Março” sem controle. E segundo relatos de usuários, dentro dos trens da CPTM é ainda pior.

O que acontece para que o usuário veja tantos problemas de segurança no Metrô e na CPTM? Hoje, ainda bem, é o comércio irregular. Mas com a atual falta de segurança, o que pode vir depois?

É importante mencionar que não somente as Companhias tem responsabilidade sobre o assunto da mendicância/comércio irregular. O “complexo de “coitadinho” que toma conta de muitos usuários atrapalha o controle de ambas as situações.

Muitos usuários acham “normal” que haja o comércio irregular. Uma grande parcela além de não denunciar ainda recrimina quem o faz. E outra parcela de usuários ainda compram tais mercadorias de procedência desconhecida. E aí não importa se são chicletes, barras de chocolate, fones de ouvido ou produtos de limpeza e higiene. Se existe comércio é por que existe demanda. É importante que as Companhias criem campanhas mais assertivas para conscientizar o usuário.

O preço, a conveniência, inocência e a vontade de ajudar são o que motivam o usuário a comprar tais produtos que muitas vezes podem ser frutos de roubos.

No Metrô, o número do SMS Denúncia é o 9 7333-2252. Já na CPTM é o 97150-4949.

Fonte da Notícia: Via Trólebus

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