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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Promotoria de Justiça investiga atrasos na entrega dos Novos Trens Séries 8500 e 9500 para a CPTM

Três anos após o Governo Estadual finalizar a compra de 65 trens para a CPTM por R$ 1,8 bilhão, apenas dez composições foram entregues e somente duas estão em operação no sistema ferroviário de São Paulo. O prazo final para entrega dos trens expirou em Junho de 2016
Os atrasos são alvo de investigação do Ministério Público Estadual e envolvem empresas denunciadas na Justiça por formação de cartel e fraude em licitações da CPTM e do Metrô de São Paulo, conforme revelou o Jornal Hoje, da TV Globo. O primeiro trem foi entregue por Alckmin no mês passado, na Linha 11-Coral, que liga a região leste da Grande São Paulo à zona oeste da capital.
A compra foi dividida em dois lotes. O primeiro foi vencido pelo consórcio Iesa-Hyndai-Rotem, para aquisição de 30 Trens Série 9500 pelo valor de R$ 788,2 milhões. Já o segundo lote, com 35 Trens Série 8500, foi vencido pela CAF Brasil Indústria e Comércio S/A, por R$ 1,1 bilhão. Em depoimento prestado ao MPE em Julho de 2016, o presidente da CPTM, Paulo de Magalhães Bento Gonçalves, admitiu que a CAF entregou nove composições e a Hyundai, apenas uma.
Segundo o dirigente, apenas dois trens estão de fato em operação, e os demais estão em fase de testes “estáticos e dinâmicos”, para checar o funcionamento de abertura de portas e sistemas de ar-condicionado, freio, sonorização, software e tração. Cada composição tem oito vagões, com capacidade para transportar cerca de 2 mil passageiros.
Multas. Em nota, a CPTM informou que acompanha a fabricação dos trens pela CAF do Brasil e pelo consórcio Hyundai Rotem e tem aplicado multas às empresas pelo atraso na entrega das composições. Segundo informações fornecidas por Gonçalves à Promotoria, a Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, responsável pela compra dos trens, já aplicou R$ 12,7 milhões em multas às empresas.
O presidente da CPTM disse em depoimento que, embora esteja prevista em contrato, a rescisão dos negócios não seria vantajosa porque a companhia ainda precisa substituir muitos trens antigos e uma nova licitação encareceria o preço das composições.
 
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária/O Estado de São Paulo

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