VLT de Campinas em operação na década de 1990 |
Entre os anos de 1990 e 1995, a cidade de Campinas teve um sistema de
VLT que nas palavras da prefeitura foi um
fracasso, e consumiu US$ 120 milhões em gastos com trilhos e estações,
algumas das quais nunca chegaram a funcionar.
19 anos do fim do VLT, a cidade pode retornar com o modal. A
administração municipal da cidade deve abrir licitação para escolher uma
empresa que fará o estudo de viabilidade do novo modelo para o
transporte público para ligar a região central de Campinas até o
Aeroporto Internacional de Viracopos. O convênio com o Ministério das
Cidades foi publicado ontem pela União e o Executivo
terá do governo federal R$ 1,5 milhão para fazer o projeto.
O sistema de transporte sobre trilhos planejado pela prefeitura de
Campinas também servirá para alimentar o Corredor Noroeste, de
transporte metropolitano, e os futuros corredores do Ouro Verde e do
Campo Grande que serão abastecidos pelo sistema de BRT.
Monotrilho
Segundo a administração municipal, não é descartado a substituição do
VLT por um Monotrilho. A quem defenda o trem aéreo por ser
economicamente mais viável, além de exige menor gasto com
desapropriações. Claro que não estão levando em conta o impacto visual.
O estudo vai definir, além da melhor opção de transporte sobre
trilhos, o melhor traçado. O trajeto do novo sistema sobre trilhos
poderá ser, inclusive igual ao que rodou anos atras. Em outras palavras,
gastam-se milhões, desativam, e depois tornam a gastar. É Brasil!
Um pouco da historia do VLT na cidade
O primeiro trecho do VLT foi inaugurado pelo governador Quércia em 23
de novembro de 1990. A intenção era de que esse primeiro trecho fosse o
embrião de uma rede de VLT’s que cruzariam a cidade de Campinas
utilizando-se de vias férreas desativadas pela FEPASA (que operou o
sistema) há mais de 20 anos.
Em 14 de março de 1991, o segundo trecho da obra, com 2,2 km de
extensão foi inaugurado oficialmente pelo governador do estado Quércia e
pelo prefeito de Campinas Bittar. O terceiro trecho foi inaugurado em
22 de abril de 1993, com a abertura de estações e cerca de 4 km de
linha, e marcaria o fim do período de testes do VLT.
Com o final da gestão de Bittar, o novo prefeito de Campinas, José
Roberto Magalhães Teixeira, se recusou a cumprir o acordo de
transferência do VLT por não concordar com a implantação do sistema ,
cercada de suspeitas de corrupção, e que necessitava um grande aporte de
subsídios. Assim, a FEPASA acabou repassando a gestão do sistema VLT
para a construtora Mendes Junior, mediante pagamento de R$ 700 mil
mensais por parte da estatal. O sistema VLT seria desativado em 17 de
fevereiro de 1995.
Fonte da Notícia: Via Trólebus
Imagem de Allen Morrison
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