Novo Trem Série 8000 na Linha 8-Diamante |
Os
cerca de 317 mil usuários que todos os dias transitam pela Linha
8-Diamante da CPTM têm uma
boa notícia para comemorar neste início de ano: ainda em 2014,
possivelmente no segundo semestre, vai estar completamente implantado
nos 41,6 quilômetros da via o sistema CBTC, que vai reduzir os intervalos
entre os trens, nos horários de pico, de cinco minutos para três
minutos.
A Linha 8, que liga a Estação Julio Prestes, no Centro, a Itapevi, na Grande São Paulo, é vital para o transporte público da Região Metropolitana.
A informação da melhoria foi passada pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO. “O sistema já está em teste e no segundo semestre vamos reduzir os intervalos”, afirmou. “No início vamos para quatro minutos e, depois, para três minutos”, explica.
O CBTC deverá estar implantado nas demais linhas da CPTM até o final do ano que vem. Ao mesmo tempo, o sistema patina para ser implantado no Metrô paulistano, a exceção da Linha 4-Amarela, onde já funciona. O governo paulista comprou, em 2008, por R$ 750 milhões, o CBTC para reduzir em até 20% o intervalo das composições do Metrô.
A tecnologia, vendida como a grande solução para desafogar a lotação nas composições, encontrou problemas. “A Alstom, que nos vendeu o sistema, subestimou a complexidade para a instalação no Metrô”, justificou o secretário sobre o atraso.
Desenvolvido no Canadá na década de 1980, o CBTC é considerado muito seguro. A tecnologia vem sendo empregada em projetos de novas linhas de Metrô e na modernização de sistemas em operação em cidades como Nova York, Paris, Hong Kong, Londres, Madri, Pequim e Milão.
No caso da Linha 8, o CTBC substituirá o sistema de detecção de trens mediante circuitos de via com tecnologia convencional de blocos fixos existentes na linha. No modelo atual, os intervalos entre os trens variam de cinco minutos, nos horários de pico, a até 15 minutos, nos domingos e feriados à noite.
Ao reduzir esse tempo, mais trens são colocados na linha, as composições atendem com mais frequência as estações e, consequentemente, a lotação nos vagões tende a diminuir.
Análise
Telmo Porto, professor de engenharia da USP
Três minutos é o limite dos trens
A implantação do sistema CBTC nas linhas da CPTM é a maneira mais racional e barata de aumentar a oferta de trens na cidade de São Paulo. Esse sistema, de última geração, tem a vantagem de poder ser implantado sem desativar o sistema anterior, portanto não é necessário que se paralise a linha. Poderia ser reduzido o intervalo entre os trens no atual sistema, mas, para isso, seria necessário mudar todo o sistema de vias e isso é muito complexo. Três minutos de intervalo é o mínimo possível entre os trens, para permitir uma frenagem segura.
Entrevista - Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos
Tarifas poderão aumentar até dezembro
O Secretário de Transportes Metropolitanos deu a entender que o aumento nas tarifas de trens, Metrô e dos ônibus é inevitável se o governo federal não intervir no sistema, ou seja, dar alguma ajuda financeira aos estados e municípios.
A Linha 8, que liga a Estação Julio Prestes, no Centro, a Itapevi, na Grande São Paulo, é vital para o transporte público da Região Metropolitana.
A informação da melhoria foi passada pelo secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, em entrevista exclusiva ao DIÁRIO. “O sistema já está em teste e no segundo semestre vamos reduzir os intervalos”, afirmou. “No início vamos para quatro minutos e, depois, para três minutos”, explica.
O CBTC deverá estar implantado nas demais linhas da CPTM até o final do ano que vem. Ao mesmo tempo, o sistema patina para ser implantado no Metrô paulistano, a exceção da Linha 4-Amarela, onde já funciona. O governo paulista comprou, em 2008, por R$ 750 milhões, o CBTC para reduzir em até 20% o intervalo das composições do Metrô.
A tecnologia, vendida como a grande solução para desafogar a lotação nas composições, encontrou problemas. “A Alstom, que nos vendeu o sistema, subestimou a complexidade para a instalação no Metrô”, justificou o secretário sobre o atraso.
Desenvolvido no Canadá na década de 1980, o CBTC é considerado muito seguro. A tecnologia vem sendo empregada em projetos de novas linhas de Metrô e na modernização de sistemas em operação em cidades como Nova York, Paris, Hong Kong, Londres, Madri, Pequim e Milão.
No caso da Linha 8, o CTBC substituirá o sistema de detecção de trens mediante circuitos de via com tecnologia convencional de blocos fixos existentes na linha. No modelo atual, os intervalos entre os trens variam de cinco minutos, nos horários de pico, a até 15 minutos, nos domingos e feriados à noite.
Ao reduzir esse tempo, mais trens são colocados na linha, as composições atendem com mais frequência as estações e, consequentemente, a lotação nos vagões tende a diminuir.
Análise
Telmo Porto, professor de engenharia da USP
Três minutos é o limite dos trens
A implantação do sistema CBTC nas linhas da CPTM é a maneira mais racional e barata de aumentar a oferta de trens na cidade de São Paulo. Esse sistema, de última geração, tem a vantagem de poder ser implantado sem desativar o sistema anterior, portanto não é necessário que se paralise a linha. Poderia ser reduzido o intervalo entre os trens no atual sistema, mas, para isso, seria necessário mudar todo o sistema de vias e isso é muito complexo. Três minutos de intervalo é o mínimo possível entre os trens, para permitir uma frenagem segura.
Entrevista - Jurandir Fernandes, secretário de Transportes Metropolitanos
Tarifas poderão aumentar até dezembro
O Secretário de Transportes Metropolitanos deu a entender que o aumento nas tarifas de trens, Metrô e dos ônibus é inevitável se o governo federal não intervir no sistema, ou seja, dar alguma ajuda financeira aos estados e municípios.
- Secretário, vai ter aumento nas tarifas este ano?
Jurandir Fernandes- Nós não estamos discutindo isso ainda. O que nós temos de acompanhar com toda a atenção é que nós não podemos deixar os dois sistemas, de pneus ou trilhos, insustentáveis. Houve no primeiro momento uma desoneração e isso propiciou um certo alívio na redução tarifária de junho. Por outro lado, o governo federal deu com uma mão e tirou com a outra, porque houve um aumento brutal do diesel.
Esse aumento inviabiliza a passagem no atual preço?
O aumento do diesel foi brutal nos últimos 24 meses. A área de pneus está totalmente defasada em relação aos incentivos que foram dados. Houve um aumento de mais de 30% no diesel. Como o diesel afeta em torno de 22% da tarifa, o incentivo foi embora. Houve ainda um aumento grande no valor da mão de obra. O setor de pneus, foi cravado 10%. Agora em maio, virão discussões salariais e nós não teremos muita margem de negociação. Tudo isto serve para alertar o governo federal. Ou eles dão um alívio no diesel ou voltam os recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio).
Sistema lota e esvazia o Itaquerão em 30 minutos
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que com o atual sistema de trens e Metrô vai ser possível transportar os torcedores que forem ao Itaquerão nos jogos da Copa do Mundo em até 30 minutos.
“A linha do Metrô e da CPTM que chegam a Itaquera têm capacidade de transportar cerca de 120 mil pessoas por hora”, explicou o secretário. “Portanto, você lota o estádio em 30 minutos.”
O secretário disse ainda que o trem da CPTM terá partidas diretas da Luz, no Centro, para o estádio. E o Metrô vai partir também da Luz, mas vai parar na Estação Artur Alvim. Isso porque haverá uma divisão no sistema de transporte público que vai abastecer o Itaquerão.
“Aqueles que comprarem ingressos na região do estádio mais próxima à estação Itaquera, vão de trem. Os que ficarem localizados na área mais próxima a Artur Alvim, vão de Metrô. Isso já estará definido no momento em que o torcedor comprar o ingresso”, explicou o secretário. Jurandir Fernandes disse ainda que estão sendo criadas diversas linhas especiais da EMTU para os aeroportos. “São linhas que saem dos aeroportos de Congonhas e Guarulhos para toda a rede hoteleira da cidade.”
Metrô prefere reformar do que comprar trens
O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, disse que existem 98 trens do Metrô para serem modernizados. Segundo ele, não há necessidade de trocar a frota do Metrô, basta a reforma das composições já em uso. O Ministério Público contesta essa tese e, em dezembro, pediu a suspensão de contratos de reformas de trens da companhia por suspeitas de superfaturamento.
Boa manutenção permite reutilização
Jurandir Fernandes diz que a manutenção evoluída do Metrô possibilita o aproveitamento dos mesmos no processo de modernização.
CPTM já recebeu 105 novas composições
Já no caso da CPTM, de acordo com o secretário, a renovação foi brutal porque a empresa sofreu um processo de junção de várias empresas, com vários tipos de trens. “Tentar modernizar coisas distintas não era possível”, explicou. “Por isso, 105 novos trens estão sendo entregues e acabamos de comprar mais 65”, disse Jurandir Fernandes.
Fonte da
Notícia: Rede Bom Dia
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