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quinta-feira, 9 de junho de 2016

EMTU terá que esclarecer possíveis irregularidades no VLT da Baixada Santista

VLT da Baixada Santista na Estação Bernardino
O conselheiro do TCE, Antônio Roque Citadini, estipulou um prazo de 15 dias para que a EMTU preste esclarecimentos sobre as obras e os contratos do VLT  Veículo Leve sobre Trilhos da Baixada Santista, que liga Santos a São Vicente.

A análise é sobre a execução das obras no trecho entre Avenida Conselheiro Nébias e o Porto, em Santos.

A EMTU já tinha prestado esclarecimentos anteriores que não convenceram a área técnica do órgão fiscalizador de contas sobre os valores e prazos.

De acordo com o TCE, em Julho de 2014, foi firmado um contrato de R$ 90,8 milhões com o Consórcio Expresso VLT Baixada Santista II, tendo como prazo de conclusão estipulado para Fevereiro de 2015.

No entanto, em Abril de 2015 foi criado um aditivo aumentando o valor para R$ 112,7 milhões e que prolongou prazo de execução para Março de 2016.

Segundo os técnicos do TCE, o acréscimo de R$ 24,5 milhões representou um aditivo de 26,98%. Acima, portanto, do limite permitido pela legislação que é de 25% do valor total inicial.

Diante disso, a EMTU resolveu reduzir em R$ 3.000.000,00 os gastos com os serviços, diminuindo o adicional para 24,1% do preço inicial.

Composição do VLT da Baixada Santista
A EMTU disse que o aditivo foi necessário por causa de imprevistos no projeto e que a redução posterior não causou prejuízos às obras, o que gera dúvidas no TCE que, no documento, afirma que pode não ser adequado que “que tenham sido feitas supressões de serviços eventualmente necessários em futuras contratações”.

Já a EMTU diz que a mudança não prejudicou a qualidade e o resultado das obras.

Quanto ao prazo, o Tribunal de Contas do Estado concluiu que o aditivo foi feito somente dois meses depois do fim do prazo inicial determinado para a entrega das obras.

O aditivo aumentou em 10 meses o prazo, o que significa 125% mais que o tempo planejado.

A EMTU por sua vez responsabilizou a CET de Santos por não ter liberado em tempo áreas para as obras e também afirmou que houve demora para elaboração dos projetos.

Mas segundo o TCE não houve comprovação destas alegações.

Anda de acordo com os técnicos do Tribunal de Contas do Estado, o atraso causou um prejuízo de R$ 9.000.000,00 aos cofres públicos, principalmente por causa do pagamento mensal de canteiro de obras.

A EMTU informou que vai prestar os novos esclarecimentos ao TCE dentro do prazo estipulado.

Fonte da Notícia: Blog Ponto de Ônibus
Imagens 1 e 2: Portal Via Trólebus

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