É o que aponta levantamento feito pelo Fiquem Sabendo com base em dados da CPTM obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
A reportagem tabulou os números disponíveis de falhas que provocaram
total interrupção da circulação dos trens, em determinado trecho, nas
seis linhas da CPTM existentes na Grande São Paulo, de janeiro de 2011
para cá.
De acordo com esses dados, o ano de 2015 registrou 39 panes. Trata-se do maior número registrado desde 2012.
Em relação a 2014, quando houve 36 panes, foi registrado um aumento
de 8%.
Falhas técnicas no sistema caíram; panes provocadas por agentes externos cresceram
O número de panes provocadas por falha interna da CPTM, como um
problema técnico no seu sistema, caiu 9% (de 22 para 20) entre 2014 e
2015.
Já as panes provocadas pelo que a CPTM chama de causas externas, como
alagamento e interrupção no fornecimento de energia pela concessionária
AES Eletropaulo, por exemplo, cresceram 36% (de 14 para 19) no período.
Esses números são os que constam das planilhas enviadas pela CPTM à
reportagem em resposta ao pedido de informações feito por meio da Lei de
Acesso.
Os dados que a empresa encaminhou à reportagem por meio de sua
assessoria de imprensa, quando questionada sobre esses números, são um
pouco diferentes
Linha 7-Rubi é a campeã de falhas na CPTM |
Problemas técnicos caíram 8% e sistema passa por modernização, afirma empresa
A CPTM disse por meio da nota enviada por sua assessoria de imprensa
que o ano de 2015 registrou uma queda de 8% (de 23 apara 21) do número
de panes causadas por falhas técnicas no sistema.
Leia, abaixo, a íntegra da nota que a empresa enviou à reportagem:
“Em 2014, a CPTM
registrou 36 ocorrências, sendo 13 provocadas por agentes externos e 23
por falhas técnicas no sistema. Já em 2015, foram 19 ocorrências
provocadas por fatores externos e 21 por falhas no sistema. Portanto, na
verdade, houve uma queda de 8% nas ocorrências em 2015, comparadas ao
ano de 2014, se consideradas apenas as panes causadas por falha técnica.
No balanço total das paralisações, o aumento das ocorrências foi
provocado pelo maior número de interferências externos na faixa
ferroviária.
É importante lembrar que a ferrovia é um sistema que opera a céu
aberto, com rede aérea de energia (postes, fios, pantógrafos nos trens
ligados a essa rede para alimentação elétrica das composições, dentre
outros). Portanto, está sujeita às interferências externas provocadas
por fenômenos naturais, como inundações na via por excesso de chuvas,
descargas elétricas atmosféricas, vandalismos em equipamentos ou
sistemas ferroviários, manifestações públicas, queda de árvores etc.
Para que haja o menor impacto possível aos usuários, há equipes de
manutenção atuando durante 24 horas.
A CPTM está trabalhando para modernizar o seu sistema. Estão
sendo substituídos sistemas de sinalização, telecomunicação, energia,
rede aérea, via permanente, além da reforma das estações e renovação da
frota de trens. A partir deste ano, a Companhia começou a receber os
primeiros dos 65 novos trens adquiridos, além das 105 novas composições
já em operação. Além disso, a empresa busca soluções rápidas que reduzam
ao mínimo as ocorrências que interferem na operação dos trens.”
Fonte da Notícia: Fiquem Sabendo
Imagem 1: Fiquem Sabendo
Imagem 2: Último Segundo
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