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Alckmin reiterou ao ministro a
necessidade de investimentos federais para essas obras. Para o Rodoanel
Norte, por exemplo, o governador solicitou a efetivação do repasse de R$
176 milhões previsto no Orçamento Geral da União de 2015 - nenhum
repasse ainda foi feito ao longo do ano.
"Destacamos ao ministro a
necessidade dos recursos para este ano e para o próximo”, informou
Alckmin ao citar a obra do Rodoanel Norte. “É uma obra que está indo
muito bem, com 4.700 trabalhadores. Os recursos são importantes para a
manutenção dos empregos", explicou Alckmin.
O valor atualizado dos
investimentos no Rodoanel Norte é de R$ 6,85 bilhões, sendo R$ 4,30
bilhões em obras e R$ 2,55 bilhões em compensações ambientais,
desapropriações, reassentamentos, interferências, projetos, supervisão,
gerenciamento, comunicação e obras complementares. Os recursos são
originários de convênio entre União e Estado (R$ 2,05 bilhões), Tesouro
Estadual (R$ 2,78 bilhões) e BID (empréstimo de R$ 2,01 bilhões).
Com
44 quilômetros de extensão e controle total de acessos, o Rodoanel
Norte beneficiará toda a Região Metropolitana de São Paulo, em especial
Santana do Parnaíba, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha,
Caieiras, Mairiporã, Santa Isabel, Arujá Guarulhos e São Paulo. O
empreendimento foi iniciado em Março de 2013 e o término está previsto
final de 2017. São 15 mil empregos diretos e indiretos.
Os
principais benefícios da obra são desviar e distribuir o tráfego de
passagem, sobretudo de caminhões, para o entorno da Região Metropolitana
de São Paulo; permitir o acesso mais ágil ao Porto de Santos; diminuir o
tempo gasto nos congestionamentos, os gastos com combustível e,
consequentemente, a emissão de poluentes; reduzir de 23% do VDM (volume
diário médio) de caminhões na marginal Tietê, o que representa 18.300
caminhões por dia.
Trem Intercidades
A
Secretaria dos Transportes Metropolitanos, por meio da CPTM, desenvolve projeto para a
implantação de serviços de trens regionais ligando a capital paulista e
os municípios de Jundiaí, Santos e Sorocaba. O objetivo é resgatar as
ligações ferroviárias com novos padrões de desempenho e qualidade.
Durante
o encontro entre o governador e o ministro, ficou acertado que haverá
uma reunião técnica na próxima semana, em Brasília, para discutir a
compatibilização entre os trens de carga e de passageiros.
O
Governo do Estado aguarda também a resposta do Governo Federal para dar
continuidade ao projeto. Pois a faixa de domínio onde o trem pretende
passar, fica em grande parte do trajeto ao lado dos trens de carga sob
concessão da União. A documentação foi protocolada em Abril de 2014, em
Brasília, e reiterado em Setembro de 2014.
Ao proporcionar essa
alternativa de transporte, a população da Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP) ganhará inúmeros benefícios externos como, alternativa de
mobilidade, ganho nos tempos de viagem, redução da emissão de CO2,
descongestionamento das rodovias e a consequente redução de acidentes
automobilísticos.
Ferroanel
O Ferroanel
Norte interligará a Estação Perus à Estação Engenheiro
Manoel Feio, seguindo até Jundiaí. Durante a reunião
no Palácio dos Bandeirantes, o Governo do Estado apresentou duas
propostas ao Governo Federal: autorizar a DERSA/SA a fazer o projeto de
engenharia considerando uma futura duplicação de via entre Manuel Feio e
Perus, além da União assumir o compromisso de executar a obra do
Ferroanel.
O Ferroanel objetiva segregar o tráfego ferroviário de
cargas, evitando a necessidade de compartilhamento de trilhos com os
trens de passageiros. É uma obra do Governo Federal com 52,75
quilômetros de extensão e investimento previsto de R$ 2,3 bilhões. Cerca
de 890 mil metros quadrados de área devem ser desapropriados.
A
previsão de início ainda não está definida. O prazo para a conclusão do
empreendimento é de 48 meses a partir do começo das obras. Quando
estiver completo, o anel ferroviário tangenciará a Região Metropolitana
de São Paulo e interligará as regiões de Campinas, Vale do
Paraíba e Baixada Santista.
A implantação conjunta dos
empreendimentos, em regime de sinergia e mútua cooperação, implicará na
otimização de recursos, redução de impactos ambientais e sociais, além
da significativa redução de custos (estimado em R$ 1,3 bilhão – não
descontados os R$ 332,8 milhões da compatibilização).
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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