O lobista Arthur Teixeira, um dos consultores
investigados por suspeita de envolvimento no pagamento de propina dentro
do esquema de cartel em licitações de trens de São Paulo, participou de
reuniões na sede da CPTM.
Segundo o diretor de operação e manutenção da CPTM, José Luiz
Lavorente, Teixeira também acompanhou contratos da empresa. Lavorente
prestou depoimento à Corregedoria Geral da Administração. As informações
são do jornal Folha de S. Paulo.
O diretor da CPTM afirmou que Teixeira representou a
empresa francesa Alstom, a espanhola CAF e a canadense Bombardier.
"Arthur Teixeira chegava a representar as empresas na fase de execução
do contrato", disse Lavorente. A CPTM afirmou que são as empresas que
decidem quem são seus representantes.
A Alstom, a CAF e a Bombardier venderam trens à CPTM e
os entregaram em 2000. Após alguns meses, essas três empresas e a
Siemens foram escolhidas para fazer a manutenção de três lotes de trens.
Os três contratos, assinados em 2000 e 2001, custaram R$ 744 milhões à
CPTM, em valores atualizados.
Segundo a denúncia que a Siemens apresentou ao Cade, contratos de manutenção foram
alvos de cartel. Um dos documentos entregues pela empresa alemã à
investigação indica que, se não houvesse irregularidades, a companhia
ofereceria proposta com valor 30% menor do que o apresentado para ganhar
a concorrência.
Fonte
da Notícia: Portal Terra
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