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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tarifa de São Paulo volta a ser R$ 3,00

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do Estado, Geraldo Alckmin, anunciaram a redução da tarifa de Ônibus, Metrô e CPTM. O anúncio será feito nesta quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes. Com a decisão, o valor das tarifas, atualmente em 3,20 voltará a 3 reais.

Em uma reunião convocada, ontem,  pelo Conselho da Cidade de São Paulo,  - órgão sem caráter decisório que reúne 136 notáveis da capital paulista -, com presença de integrantes do MPL, o prefeito Fernando Haddad admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de reduzir a tarifa de ônibus na cidade. Mas isso só depois de uma “ampla discussão” que resulte num apoio popular para a causa.
“Se as pessoas me ajudarem a tomar uma decisão nessa direção, eu vou me subordinar à vontade das pessoas porque eu sou prefeito da cidade”, disse. A frase foi no fim de uma reunião de três horas, que começou às 10 horas dessa terça-feira, em que Haddad ouviu forte apoio, por parte do conselho, no sentido de revogar o aumento da tarifa. “'Vou fazer uma reflexão sobre os números, sobre o que ouvi e vou dar uma resposta para o movimento.”

De acordo com as tabelas da administração municipal, sem aumento na tarifa, o subsídio para os ônibus chegaria a R$ 1,425 bilhão em 2013. Com aumento, será de pelo menos R$ 1,250 bilhão. “O problema é que o orçamento aprovado para este ano previa um gasto de R$ 600 milhões com o subsídio”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.

Propostas 

 O prefeito de São Paulo disse também que a reunião que participaria nesta quarta-feira,  em Brasília tinha  o objetivo de acompanhar discussões da CAE do Senado para aprovação de um novo pacote de desoneração de impostos do setor de transporte público. Se for aprovado, disse, o regime especial de incentivos em discussão poderia representar 7 dos 20 centavos de aumento na passagem - mas não sinalizou que, se o benefício for aprovado, a redução das tarifas seria automática. No lugar disso, disse que a pauta é importante dada a onda de protestos pelo País.

Mais impostos 

 Haddad argumentou, por outro lado, que apenas esse pacote não é suficiente para reduzir as despesas extras advindas da revogação do aumento. Por isso que, segundo o prefeito, a sociedade tem de ter ideia clara do tamanho dos recursos que o poder público teria de arrecadar para custear a tarifa zero reivindicada pelo Passe Livre.

 Haddad afirmou que, pessoalmente, é favorável a um mecanismo fiscal que faça com que o transporte particular financie o custeio do transporte público. Citou, como ideias a serem discutidas, a criação de um imposto municipal para o combustível - nos moldes da Cide, que é federal -, o pedágio urbano e até aumento do 

IPTU. Nesse último, lembrou de proposta da gestão Luiza Erundina (1989-1992), que classificou como um “fracasso” por falta de apoio popular. Para reforçar os argumentos de que a discussão é mais ampla, Haddad ressaltou que a reivindicação do MPL não seria a revogação do aumento, mas sim o congelamento da tarifa - porque um eventual aumento em 2014 renderia protestos.

Futuro 

A integrante do MPL no evento, Mayara Vivian, retrucou dizendo que a pauta imediata é a revogação da tarifa. “As pessoas estão nas ruas para revogar o aumento de agora”, disse. Eles discutiram durante a reunião e o prefeito disse que não usaria “truques” para falar com os manifestantes, antes de comentar o aumento de gastos que a medida causará.

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