Pesquisa

terça-feira, 18 de junho de 2013

Saiba tudo o que aconteceu no Protesto de ontem

PMs e a população da capital paulista se renderam ao protesto
Multidão que participou do Protesto em SP ontem
Foram quatro protestos consecutivos, vandalismo, quebra-quebra, uma reação descabida da Polícia Militar na quinta-feira da semana passada, muitos feridos, mas nesta segunda-feira, enfim, manifestantes, PMs e a população da capital paulista se renderam ao protesto que tenta reduzir a tarifa de ônibus, reajustada no início do mês de R$ 3 para R$ 3,20. 

Cerca de 65  mil pessoas, segundo o Datafolha, e cem mil,  segundo o Movimento Passe Livre, que organiza os protestos desde o início, ocuparam as zonas Sul, Oeste e a região central da cidade. A concentração foi no Largo da Batata, em Pinheiros. Ali, uma mudança drástica já foi sentida: militantes que portavam bandeiras de partidos foram hostilizados pela multidão.

O grupo saiu em direção à Avenida Faria Lima. No caminho, outras milhares de pessoas se juntaram ao movimento. A aposentada Marita Ferreira, de 82 anos, carregava um cartaz: “82 anos. Não vim para brincar, vim para manifestar”. Ela e o filho, o corretor Roberto Cabral,  50 anos, viraram atração. “Quando minha mãe soube que eu viria, ela não deixou que eu saísse sem que ela fosse junto.”

Perto das 18h, houve uma divisão: o Passe Livre seguiu em direção à Ponte Estaiada, no Brooklin, enquanto os representantes de partidos e dos movimentos sociais entraram na Avenida Rebouças, no sentido da Avenida Paulista. Às 22h30, por volta de dez mil pessoas continuavam na principal via da capital.

Durante todo o trajeto, que passou pela Avenida Juscelino Kubitschek, Rua Funchal e Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, o clima era de cordialidade. Seis policiais acompanharam os manifestantes. Os protestantes, quando cruzavam com ônibus, gritavam “sem vandalismo”, em referência às pichações feitas nos veículos nas semanas passadas.

Por volta das 20h, já na Berrini, aconteceu o momento que resumiu a passeata até então: após os manifestantes sentarem no chão da avenida, os seis policiais, inclusive o  major Paulo Wilhelm, que comandava a operação, também sentaram. Todos aplaudiram. Em seguida, os participantes foram para a Ponte Estaiada e seguiram, já por volta das 21h, para o Palácio dos Bandeirantes.

Tensão/ Depois de a multidão se dispersar, cerca de quatro mil  pessoas chegaram à sede do governo estadual, no Morumbi. Alguns, com camisetas tapando o rosto, forçaram o portão e jogaram morteiros nos jardins do prédio. Dois pelotões da Força Tática e um da Tropa de Choque permaneceram em prontidão. 

Por volta das 23h, os portões da entrada principal foram quebrados, mas não houve invasão. Para dispersar o grupo, os policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo. Em seguida, parte dos manifestantes se reuniu em frente ao portão de visitantes e colocou fogo em objetos.

Prefeitura receberá movimento  para conversa

No primeiro gesto para tentar uma aproximação com o Movimento Passe Livre, a Prefeitura recebe nesta terça-feira os líderes do grupo para uma reunião extraordinária com o Conselho da Cidade. O objetivo, segundo o prefeito Fernando Haddad, é discutir o transporte público, mas não há qualquer garantia de uma possível redução na tarifa. Pelo contrário. Nesta segunda, em uma prévia desse encontro desta terça, o secretário de Governo, Antonio Donato, disse aos manifestantes que não há possibilidade de negociação neste momento. 

Haddad, sem avisar a imprensa, participou da conversa, que não estava na sua agenda oficial publicada diariamente na internet. Segundo o Passe Livre, o prefeito “fez diversos apontamentos e justificou não ser possível revogar o aumento da tarifa por motivos técnicos”. 

O grupo rebateu e avisou em nota que vai continuar os protestos. Nesta terça está marcado um novo, às 17h, na Praça da Sé: “Os aumentos de tarifa não se tratam de uma questão técnica, mas política, como provam os diversos lugares em que a pressão popular conseguiu os reverter (sic)”. No final, o movimento convidou Haddad para uma reunião nesta quarta, às 10h, no Sindicato dos Jornalistas.

Fonte da Notícia: Diário de São Paulo

SPR: UMA LENDA INGLESA. DE SEGUNDA Á SEXTA ÁS 18:30 NO BLOG JORNAL DA CPTM. www.jornaldacptm.blogspot.com.br E TAMBÉM NO NOSSO FACEBOOK

SIGA NOSSO NOVO TWITTER https://twitter.com/JornaldaCPTM

Nenhum comentário:

Postar um comentário