As obras que afetam milhares de usuários da CPTM, principalmente nos finais de semana e feriados -
quando desde o ano passado a circulação de trens é feita com intervalos
maiores ou interrompidas em algumas linhas - devem continuar até o final
de 2015.
As intervenções afetam a vida daqueles que precisam utilizar o serviço aos finais de semana, sobretudo para trabalhar. Miguel Neto Paraíso, 42 anos, que trabalha como segurança em uma empresa na região da Berrini, na zona sul de São Paulo, já sentiu o impacto causado por esse tipo de transtorno. “Fim de semana é complicado”, afirma. “Em quatro meses, já me aconteceu isso duas vezes. Para não chegar atrasado no serviço, principalmente quando eu trabalho domingo, saio de casa quase uma hora, 40 minutos antes (do que o normal)”, desabafa.
Segundo a CPTM, as interrupções são necessárias para que o sistema seja modernizado nos 260 km de extensão, nas seis linhas que a empresa atende. “É um desafio, mas fizemos essa opção de modernizar o sistema sem parar o funcionamento da linha”, disse o diretor de obras da empresa José Augusto Rodrigues Bissacot. “O ideal seria pararmos tudo, mas em São Paulo isso não é viável."
De acordo com o diretor, para afetar o mínimo possível a vida dos usuários, as obras são feitas diariamente após o encerramento da operação, à 0h, até 3h30, quando os trens começam a manobrar para dar início a um novo dia de circulação. Ele reconhece, no entanto, que as obras acabam prejudicando também a operação normal, já que qualquer falha deixada na madrugada repercute na operação durante o dia. “Por mais que a gente adote procedimentos, se um parafuso for mal colocado, pode dar problema. É um risco que a CPTM decidiu assumir”, exemplifica.
De acordo com números da empresa, nos dias de semana são transportados em média 2,6 milhões de passageiros nas seis linhas da companhia, que atende 22 cidades, 19 delas na região metropolitana de São Paulo, além dos municípios de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
A companhia afirma que nos domingos e feriados, quando as obras se intensificam, por volta de 760 mil usuários utilizam o serviço.
Enquanto alguns sofrem com o maior intervalo dos trens, que chegam a passar a cada 20 minutos (em dias normais a operação normal é quatro vezes mais frequente), outros precisam utilizar o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência (Paese), serviço acionado pela CPTM que faz com ônibus o trajeto de estações feito pelos trens, e é alvo de críticas de usuários.
Miguel, que mora em São Miguel Paulista, na zona leste, depende da Linha 9-Esmeralda para chegar ao trabalho, na Berrini. Quando ela está inativa, utiliza o Paese. “Desço do Metrô em Pinheiros e pego o ônibus. É complicado”, diz.
O diretor de obras da CPTM reconhece que o Paese não comporta a mesma quantidade de passageiros transportadas nos trens, mas diz que os usuários têm se acostumado com a situação. “É óbvio que causa transtorno. É muito difícil, porque os ônibus não têm a mesma capacidade que os trens, mas avisamos nas estações antecipadamente para que a população se programe, programe sua viagem, e utilize um outro transporte”, argumenta Bissacot.
A situação é ainda pior para usuários que precisam do transporte para viajar a outras cidades. Morador da avenida Paulista, em São Paulo, o universitário André Inácio de Souza, 21 anos, depende da Linha 7-Rubi (Luz-Jundiaí) para visitar a família nos finais de semana. Ele precisou utilizar o sistema Paese, já que a circulação de trens a partir da estação Perus, no sentido Jundiaí, estava interrompida, em uma de suas viagens. “De uma viagem que seria de uns 15 minutos, virou quase uma hora e meia”, reclama. “Fui sentado no chão, porque fica muito cheio."
O estudante reconhece, porém, a importância das obras. Agora, procura se informar sempre que pretende utilizar a CPTM. “Procuro ir de ônibus pela rodoviária ou carro quando sei que vai parar”, afirmou.
Após obras, mais 900 mil passageiros são esperados por dia
Segundo Bissacot, as obras estão modernizando e capacitando todo o sistema da CPTM para receber novos trens. A expectativa, segundo ele, é que, concluído o processo, no final de 2015, o número de usuários na linha passe dos atuais 2,6 milhões para 3,5 milhões.
“Não adianta só comprar trens. Estamos substituindo e recapacitando todo o sistema”, afirmou o diretor. Segundo ele, obras como na sinalização, o aumento no número de subestações, reforço na rede aérea de fios, telecomunicações, entre outros, são necessárias para comportar a nova demanda projetada. “Não é apenas no final desse prazo, do fim de 2015, que as mudanças vão ser sentidas. Elas vão ocorrer até lá e implementadas durante esse período”, avaliou.
Outra necessidade é a adaptação de estações, muitas centenárias, para portadores de deficiência física e visual. Segundo a CPTM, das 89 estações em todas as linhas, 38, ou 42%, são acessíveis.
A companhia afirmou que 12 estações estão em obras e outras 11 em processo de contratação de empresas para execução das intervenções, e que os projetos básico e executivo para reconstrução ou adequação das demais estações estão em fase de contratação. O investimento previsto nessas intervenções é de R$ 2,3 bilhões.
CPTM promete mais trens para diminuir lotação
Para diminuir a lotação dos trens, que ficam abarrotados principalmente nos horários de pico, a empresa afirmou que adquiriu novas unidades. Segundo a CPTM, desde 2006, 106 composições foram compradas, das quais 90 já estão em operação e outras 65 estão em processo licitatório.
A expectativa é que com a nova rede e os novos trens seja possível reduzir para três minutos o intervalo em algumas linhas. Segundo o site da empresa, as linhas com menor intervalo, no horário de pico, são a 9-Esmeralda – no trecho da estação Jurubatuba à Pinheiros – e a 11-Coral, chamada de Expresso Leste, ambas com quatro minutos. O tempo médio de intervalo nas demais é de seis minutos
As intervenções afetam a vida daqueles que precisam utilizar o serviço aos finais de semana, sobretudo para trabalhar. Miguel Neto Paraíso, 42 anos, que trabalha como segurança em uma empresa na região da Berrini, na zona sul de São Paulo, já sentiu o impacto causado por esse tipo de transtorno. “Fim de semana é complicado”, afirma. “Em quatro meses, já me aconteceu isso duas vezes. Para não chegar atrasado no serviço, principalmente quando eu trabalho domingo, saio de casa quase uma hora, 40 minutos antes (do que o normal)”, desabafa.
Segundo a CPTM, as interrupções são necessárias para que o sistema seja modernizado nos 260 km de extensão, nas seis linhas que a empresa atende. “É um desafio, mas fizemos essa opção de modernizar o sistema sem parar o funcionamento da linha”, disse o diretor de obras da empresa José Augusto Rodrigues Bissacot. “O ideal seria pararmos tudo, mas em São Paulo isso não é viável."
De acordo com o diretor, para afetar o mínimo possível a vida dos usuários, as obras são feitas diariamente após o encerramento da operação, à 0h, até 3h30, quando os trens começam a manobrar para dar início a um novo dia de circulação. Ele reconhece, no entanto, que as obras acabam prejudicando também a operação normal, já que qualquer falha deixada na madrugada repercute na operação durante o dia. “Por mais que a gente adote procedimentos, se um parafuso for mal colocado, pode dar problema. É um risco que a CPTM decidiu assumir”, exemplifica.
De acordo com números da empresa, nos dias de semana são transportados em média 2,6 milhões de passageiros nas seis linhas da companhia, que atende 22 cidades, 19 delas na região metropolitana de São Paulo, além dos municípios de Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista.
A companhia afirma que nos domingos e feriados, quando as obras se intensificam, por volta de 760 mil usuários utilizam o serviço.
Enquanto alguns sofrem com o maior intervalo dos trens, que chegam a passar a cada 20 minutos (em dias normais a operação normal é quatro vezes mais frequente), outros precisam utilizar o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência (Paese), serviço acionado pela CPTM que faz com ônibus o trajeto de estações feito pelos trens, e é alvo de críticas de usuários.
Miguel, que mora em São Miguel Paulista, na zona leste, depende da Linha 9-Esmeralda para chegar ao trabalho, na Berrini. Quando ela está inativa, utiliza o Paese. “Desço do Metrô em Pinheiros e pego o ônibus. É complicado”, diz.
O diretor de obras da CPTM reconhece que o Paese não comporta a mesma quantidade de passageiros transportadas nos trens, mas diz que os usuários têm se acostumado com a situação. “É óbvio que causa transtorno. É muito difícil, porque os ônibus não têm a mesma capacidade que os trens, mas avisamos nas estações antecipadamente para que a população se programe, programe sua viagem, e utilize um outro transporte”, argumenta Bissacot.
A situação é ainda pior para usuários que precisam do transporte para viajar a outras cidades. Morador da avenida Paulista, em São Paulo, o universitário André Inácio de Souza, 21 anos, depende da Linha 7-Rubi (Luz-Jundiaí) para visitar a família nos finais de semana. Ele precisou utilizar o sistema Paese, já que a circulação de trens a partir da estação Perus, no sentido Jundiaí, estava interrompida, em uma de suas viagens. “De uma viagem que seria de uns 15 minutos, virou quase uma hora e meia”, reclama. “Fui sentado no chão, porque fica muito cheio."
O estudante reconhece, porém, a importância das obras. Agora, procura se informar sempre que pretende utilizar a CPTM. “Procuro ir de ônibus pela rodoviária ou carro quando sei que vai parar”, afirmou.
Após obras, mais 900 mil passageiros são esperados por dia
Segundo Bissacot, as obras estão modernizando e capacitando todo o sistema da CPTM para receber novos trens. A expectativa, segundo ele, é que, concluído o processo, no final de 2015, o número de usuários na linha passe dos atuais 2,6 milhões para 3,5 milhões.
“Não adianta só comprar trens. Estamos substituindo e recapacitando todo o sistema”, afirmou o diretor. Segundo ele, obras como na sinalização, o aumento no número de subestações, reforço na rede aérea de fios, telecomunicações, entre outros, são necessárias para comportar a nova demanda projetada. “Não é apenas no final desse prazo, do fim de 2015, que as mudanças vão ser sentidas. Elas vão ocorrer até lá e implementadas durante esse período”, avaliou.
Outra necessidade é a adaptação de estações, muitas centenárias, para portadores de deficiência física e visual. Segundo a CPTM, das 89 estações em todas as linhas, 38, ou 42%, são acessíveis.
A companhia afirmou que 12 estações estão em obras e outras 11 em processo de contratação de empresas para execução das intervenções, e que os projetos básico e executivo para reconstrução ou adequação das demais estações estão em fase de contratação. O investimento previsto nessas intervenções é de R$ 2,3 bilhões.
CPTM promete mais trens para diminuir lotação
Para diminuir a lotação dos trens, que ficam abarrotados principalmente nos horários de pico, a empresa afirmou que adquiriu novas unidades. Segundo a CPTM, desde 2006, 106 composições foram compradas, das quais 90 já estão em operação e outras 65 estão em processo licitatório.
A expectativa é que com a nova rede e os novos trens seja possível reduzir para três minutos o intervalo em algumas linhas. Segundo o site da empresa, as linhas com menor intervalo, no horário de pico, são a 9-Esmeralda – no trecho da estação Jurubatuba à Pinheiros – e a 11-Coral, chamada de Expresso Leste, ambas com quatro minutos. O tempo médio de intervalo nas demais é de seis minutos
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