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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

São Paulo fará parceria para 14 cidades ligarem São Paulo

O governo de São Paulo aprovou ontem uma PPP (Parceria Público Privada) para a construção de 432 km de linhas de trens de passageiros interligando 14 cidades à capital e aos aeroportos de Campinas e Guarulhos. A PPP, a maior do Estado, segundo o vice-governador Guilherme Afif Domingos, está estimada em R$ 20 bilhões. A previsão é que os primeiros trens operem em 2016 e as linhas fiquem completamente prontas em 2019, quando transportariam em média 250 mil passageiros por dia.

São duas as novas linhas: Sorocaba a Pindamonhangaba e Americana a Santos. Elas se cruzariam na estação Água Branca, na capital paulista. A passagem entre São Paulo e Campinas ou São José dos Campos está estimada pelo estudo em R$ 18, mas pode chegar a R$ 15. Os trens andariam a 160 km/h, o que é considerado um trem regional --a viagem de Campinas à capital duraria 50 minutos.

A proposta foi apresentada ao governo pela EDLP (Estação da Luz Participações) e pelo banco BTG

Pactual após um ano de estudo. A EDLP tem projetos na área de ferrovias em São Paulo; o BTG é um banco de investimento. Ter o projeto aprovado não significa que a EDLP terá o direito de realizá-lo. A proposta agora passará por consulta pública e depois será licitada. Qualquer companhia pode participar da concorrência. Pela proposta da EDLP/BTG, o governo entrará com 30% do investimento e o investidor privado, com 70%.

O vice-governador, que coordena as PPPs do Estado, disse que a previsão é fazer a licitação em 2014 e ter os primeiros trechos ligando o ABC à capital dois anos depois. A proposta da EDLP/BTG foi apresentada como uma MIP (Manifestação de Interesse Privado). Nesses casos, o Estado recebe a ideia e analisa sua viabilidade. Ontem, o governo aprovou a proposta no seu conselho de análise de PPPs.

Afif lembrou que é a primeira vez que uma empresa fora do mercado de obras ou de venda de equipamentos apresenta uma MIP. "O projeto está estruturado pela área financeira, o que o deixa isento de interesses de construtoras ou vendedores de equipamentos de fazer um negócio sem viabilidade para vender seus produtos."

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