A Polícia Civil fechou dois postos ilegais de
recarga de Bilhete Único que funcionavam próximo a Estação Brás da CPTM, na região central de São Paulo. Dois homens responsáveis por cada ponto de venda clandestino foram presos. As informações são do SPTV.
A operação aconteceu exatamente um mês após a suspensão da SPTrans,
CPTM e Metrô à recarga do cartão anônimo de Bilhete Único, que não
dispõe de dados do passageiro. A medida buscava evitar a venda
clandestina de créditos, mas não foi suficiente para evitar o crime.
A dupla detida nesta terça tinha fornecedores de créditos e enganava
usuários do sistema público de transporte com faixas e banners que
simulavam um posto credenciado de recarga. Um dos detidos, que já foi
preso por tráfico de drogas, recarregava bilhetes na porta de um bar.
Outro, na porta de uma lanchonete. Ambos usavam um computador e um
leitor magnético para transferir créditos, e guardavam seus pagamentos
em uma gaveta.
"Agora, o nosso próximo passo é identificar quem fez esse programa. A
perícia tem condições de descobrir isso, nós contamos também com o
auxílio da SPTrans e da Polícia Científica", disse o supervisor do Grupo
Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), da Polícia Civil,
Mário Palumbo Júnior.
Para enganar os passageiros que recarregavam os bilhetes nos postos
falsos, os vendedores clandestinos ainda entregavam recibos forjados,
impressos em papel normal e contando até com erros de escrita. O recibo
verdadeiro é impresso em papel timbrado e apresenta código eletrônico.
Os pontos ilegais serviam também para recarregar bilhetes de outros
vendedores, que atuam nas portas das estações. Nas estações Caieiras e
Lapa, da CPTM, homens emprestam seus cartões por R$ 3,00, para que
passageiros ingressem na linha. Em Perus, um home oferece um bilhete
cheio pela metade do preço: R$ 300,00 em créditos saem por R$ 150,00
Além de ilegal, a recarga irregular também não garante sucesso na hora
de embarcar. Em muitos casos, passageiros ficaram parados na catraca,
sem conseguir viajar. "Coloquei R$ 22,00, aí passei na catraca. Coloquei na
maquininha para ver o saldo, falou que foi removido antes de carregar o
bilhete", contou uma usuária da CPTM.
Os dois detidos vão responder por furto mediante fraude. Segundo a
polícia, 20 pessoas já foram detidas, em São Paulo, aplicando o mesmo
golpe. Em nota, a CPTM afirmou que vai apurar se houve omissão de
agentes ao coibir as práticas próximas às estações. Já a SPTrans disse
que tem, em operação, uma solução tecnológica que cancela
automaticamente, na catraca, cartões carregados com crédito irregular.
Fonte da Notícia: G1-SP
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