Todos
os dias, a empregada Carolina Correa deixa a Estação Vila Aurora, na
Linha 7-Rubi, às 20h30 e corre para a casa para amamentar o seu filho
Davi, de 10 meses. A líder de estação tem direito ao benefício da CPTM,
estabelecido em Acordo Coletivo, que permite duas horas diárias livres
para a amamentação até os bebês completarem o primeiro ano de vida. A
medida é um alívio para Carolina já que Davi não aceita outro tipo de
leite e mama sob livre demanda pela manhã, à noite e, pelo menos uma
vez, durante a madrugada.
O
aconchego do peito da mãe por mais tempo também é usufruído por
Thalles, bebê de nove meses da agente operacional Isadora Rodrigues de
Souza. Ela entra no serviço às 5h, quando Thalles ainda está dormindo e,
pouco tempo depois que ele acorda, já está em casa. Trabalhar perto da
residência também ajuda. Ela fica na Estação Piqueri, também na Linha
7-Rubi, e mora em Pirituba.
Carolina
e Isadora são uma das 522 mulheres que já se beneficiaram de programa
da CPTM, que reduz em duas horas a carga horária diária visando
incentivar o aleitamento materno, mesmo depois do retorno das mamães aos
seus postos de trabalho. Pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas),
as empregas têm direito a apenas dois períodos de meia hora cada um e
até os seis meses de idade do rebento.
Viviann
Pinfari, chefe do DRHO
ressalta que o estímulo da empresa à amamentação é uma das formas de
trazer qualidade de vida para as funcionárias, além dos benefícios à
saúde das crianças.
A
imunidade foi percebida pela assessora Márcia Lage, do DRMK
(Departamento de Relacionamento e Marketing). Ela teve o filho Daniel,
hoje com 3 anos, na CPTM e obteve a licença-maternidade de seis meses e o
benefício da redução da carga horária. O resultado é que Daniel mamou
no peito até 1 ano e meio. A primeira virose chegou muito depois, aos
dois anos e oito meses, logo depois dele entrar na escolinha. Já a
primeira filha, Sofia, de 11 anos, acabou largando o peito pouco depois
do retorno da mãe ao trabalho, em outra empresa, que não tinha programa
de incentivo ao aleitamento materno. A primeira virose foi detectada aos
sete meses de vida da pequena Sofia.
Valorização da mulher no ambiente de trabalho
Quando
a CPTM foi criada, em 1992, o benefício para mães que amamentam foi
incorporado. E, como nas demais empresas vinculadas ao governo do
Estado, a licença-maternidade é de 180 dias desde que a Lei 11.770 foi
sancionada em 09/09/2008.
A
líder de estação Carolina reitera que a redução de duas horas é muito
importante para manter a amamentação já que ficar muito tempo fora de
casa pode afetar negativamente a produção do leite materno. “Além disso,
no meu local do trabalho há geladeira e, se for necessário tirar o
leite, poderei armazená-lo adequadamente. Graças a esses benefícios,
pretendo amamentar o Davi até ele completar dois anos.”
Para
Viviann Pinfari, o benefício também é importante para ajudar essas
mulheres a fazer uma transição mais tranquila no momento de retomada das
atividades profissionais já que a chegada de um bebê exige a criação de
uma nova rotina.
Conheça algumas razões indiscutíveis para não abrir mão da possibilidade de oferecer o leite materno:
Vantagens para a mãe
• As mães que amamentam sentem frequentemente mais autoconfiança e melhor adaptação aos seus bebés;
• Dar o peito ajuda a mulher a recuperar a silhueta normal, pois consome até 800 calorias por dia (mas dá uma fome...);
• O leite materno está sempre disponível e poupa tempo e dinheiro;
• Não desperdiça recursos naturais e está sempre pronto para ser transportado e ingerido (não precisa nem aquecer);
• Os bebés amamentados são mais saudáveis, o que reduz o absentismo das mães no local de trabalho;
• Amamentar atrasa o regresso da fertilidade;
• Amamentar reduz as hemorragias pós-parto e o risco de anemia;
• A amamentação tem um efeito protetor contra o câncer de mama e de ovário e contra a osteoporose;
• A
amamentação reduz o risco da mulher desenvolver síndrome metabólica
(doenças cardíacas e diabetes) após a gravidez, inclusive para quem teve
diabetes gestacional;
• Protege
contra doenças cardiovasculares: pesquisa com 140 mil mulheres no
período pós-menopausa (média de 63 anos), indicou que as que amamentaram
por mais de um ano tiveram 10% menos risco de sofrer com essas doenças,
se comparado com aquelas que nunca amamentaram.
Benefícios para o bebê
• O
leite materno é o alimento mais completo e equilibrado, pois atende a
todas as necessidades de nutrientes e sais minerais da criança até os 6
meses de idade;
• Fácil de ser digerido, provoca menos cólicas nos bebês;
• Colabora para a formação do sistema imunológico da criança, previne alergias, obesidade e intolerância ao glúten;
• Contém uma molécula chamada PSTI, responsável por proteger e reparar o intestino delicado dos recém-nascidos;
• Previne a anemia;
• A sucção ajuda no desenvolvimento da arcada dentária do bebê;
• Quando
o ômega 3 está presente no leite materno, o que varia de mulher para
mulher de acordo com sua alimentação, ele ajuda no desenvolvimento e
crescimento dos prematuros nos primeiros meses de vida;
• Bebês
que mamam exclusivamente no peito até os seis meses têm menos risco de
desenvolver asma e artrite reumatoide e recebem uma proteína que combate
vírus e bactérias do trato gastrointestinal;
• O
momento da amamentação aumenta o vínculo entre mãe e filho e colabora
para que a criança se relacione melhor com outras pessoas.
Fonte da Notícia: CPTM
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