A Prefeitura de Mauá foi incluída no Cadin, registro que
verifica pendências financeiras de municípios com entidades do Governo Estadual. A inserção ocorreu após o Prefeito Donisete Braga não
honrar débitos com a CPTM
referentes ao desconto fornecido em integração entre o transporte
municipal da cidade e o sistema de trens.
Dados obtidos no site da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo
mostram que o Paço foi incluído no Cadin em duas oportunidades em 2016. A primeira foi em 18/05/2016. Na época, a CPTM declarou ter oito
débitos pendentes junto a Prefeitura de Mauá. Já no registro feito na
quarta-feira, o órgão estadual incluiu outras duas pendências
financeiras não quitadas. Os valores das dívidas não foram informados.
Segundo a CPTM, a inclusão do Paço no cadastro de devedores foi uma
alternativa encontrada para solucionar “os atrasos da Prefeitura de Mauá
na quitação dos seus débitos” com a companhia. A decisão foi baseada em
resoluções da Lei estadual 12.799/2008 e do Decreto 53.455. Ambas
determinam restrições adotadas para municípios que possuem débitos com
órgãos do Estado.
Conforme o Diário do Grande ABC notificou, a administração
municipal não tem feito o repasse dos custos gerados com o desconto da
integração entre o transporte municipal de Mauá e o sistema da CPTM. O
beneficio, que permitia aos usuários do transporte público da cidade
desconto de R$ 0,50 por viagem, caso realizasse a baldeação entre os
dois sistemas, foi suspenso pelo órgão estadual em 9 de março, por falta
de pagamento da administração municipal.
De acordo com a CPTM, além do atraso nos repasses, interrupção do
convênio também foi feita “em razão de problemas técnicos relativos a
bilhetagem” do sistema, fornecida pela própria Prefeitura.
A expectativa do órgão estadual é de que o serviço seja retomado
assim que a Prefeitura de Mauá conclua o pagamento das pendências
financeiras. Segundo a CPTM, os representantes do município já
concluíram as tratativas para regularizar os débitos desde Agosto de 2016.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Mauá mais uma vez não se manifestou sobre o assunto.
Sistema de integração possui série de falhas
Embora esteja suspenso, o sistema de integração entre o transporte
municipal de Mauá e a CPTM possui série de falhas que comprometem seu funcionamento e causam
transtornos aos usuários.
Segundo a população, o primeiro problema do sistema lançado em Setembro de 2014 está no processo para obter o desconto. Isso porque,
enquanto no trajeto de ida o passageiro só precisava validar a passagem
com o bilhete eletrônico SIM em um ônibus municipal e utilizar os
bloqueios exclusivos dentro da estação ferroviária, na volta, o usuário
precisava fazer trâmite burocrático para obter o desconto de R$ 0,50.
Dessa forma, o passageiro era obrigado a adquirir bilhete integração
(chamado Mauá F-41) em qualquer bilheteria da CPTM e validar o tíquete
em um dos pontos instalados na estação central da cidade. Usuários
relatam que o processo gerava confusão.
Outro problema citado é a dificuldade de acessar o serviço. A ideia
da Prefeitura de Mauá era estender integração existente no terminal do
Centro para as estações Guapituba e Capuava, o que não aconteceu.
Fonte da Notícia: Diário do Grande ABC
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