Quem costuma usar os trens da CPTM já deve ter enfrentado atrasos ou
até mesmo usado o Paese, que é quando ônibus levam os passageiro
de uma estação a outra, por causa de alguma interrupção no serviço. O
problema é que essas interrupções tem se tornado frequentes,
principalmente, por causa de furtos de cabos de energia.
Essa é a rotina nas estações da CPTM no Alto Tietê. Um chega e sai que
movimenta quase um milhão de pessoas por dia. Gente que usa os trens pra
ir trabalhar, passear, fazer compras e que já não aguenta mais chegar
atrasada. “Minha esposa entra as 8h, mas chega ao trabalho as 8h40, às
vezes até às 9h, por causa desses atrasos” disse o vigilante Rivaldo
José Pereira.
E um dos principais motivos pra esse atraso, pelo menos ultimamente,
são os furtos de cabos de energia. O último caso, divulgado pela CPTM,
aconteceu no dia 22/07/2016 entre as Estações Antonio Gianetti Neto e
Ferraz de Vasconcelos. O furto dos cabos fez com que os trens operassem
com velocidade reduzida e um intervalo maior entre uma partida e outra.
Mas o pior caso aconteceu em Abril de 2016 quando, depois de outro furto de
cabos, a subestação de energia de Calmon Viana pegou fogo.O incêndio
afetou os equipamentos e faz com que a circulação dos trens ficasse
suspensa por quase duas horas. Na época o sistema Paese precisou ser
acionado. Um problema e tanto pra quem tanto depende do transporte. “Eu
tenho horário de trabalho, não posso chegar depois. Quando é queda de
energia, a gente espera. Mas caso de vandalismo é terrível” reclamou a
promotora de vendas Adriana Marques.
A população cobra mais segurança e fiscalização para evitar que esses
crimes aconteçam. “Atrapalha a vida de muita gente” afirmou a técnica de
nutrição Cleitam Rocha Pereira
A Polícia Militar diz que não cabe a ela a segurança dentro dos
trilhos. “Dentro da área da CPTM, a jurisdição é da própria empresa. No
âmbito externo fazemos a fiscalização no entorno das estações. Tudo do
lado de fora” explicou o capitão Nei Eduardo de Paula. E para descobrir
possíveis pontos de venda o capitão diz que conta com o apoio da
população. “A Polícia Militar aceita denúncias de locais que vende
produtos ilegais e podemos fazer abordagens”.
Para diminuir os casos de vandalismo e furtos de cabos, a CPTM mantém
uma parceria com a 3ª Delegacia Especializada em Furtos de Fios, do
DEIC. O objetivo é identificar e prender autores e receptadores desse
material. A CPTM pede, também, que as pessoas denunciem esse tipo de
crime pelo Disque-Denúncia no 181 ou pelo serviço de atendimento ao
usuário 0800 055 0121.
Fonte da Notícia: G1-SP
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