Greve da CPTM em 2013 |
Os sindicatos que representam os trabalhadores da CPTM deliberaram em assembleia ontem, que devem entrar em greve por tempo indeterminado a
partir da quinta-feira da semana que vem, dia 15/05. Passageiros de 22
municípios da Grande São Paulo podem ficar sem o serviço a partir da 0h
desse dia. As seis linhas da CPTM, que é controlada pelo governo do
Estado, transportam diariamente 2,8 milhões de usuários, em média.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição
inflacionária entre março de 2013 e fevereiro deste ano (o que, segundo
eles, gira em torno de 5,4%, pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), além de 8% de ganho real. A categoria também pede
equiparação dos créditos de seu vale alimentação (hoje em R$ 100 por
mês) com o dos metroviários (que está em R$ 247,69).
Também há
reivindicação pelo aumento do vale refeição para 24 cotas de R$ 30
mensalmente, ou seja, mais do que as 22 cotas de R$ 23 que vigora hoje.
Outro ponto defendido pelos sindicatos é uma garantia mínima de R$ 5
mil por cada trabalhador da empresa no programa de participação nos
resultados. Esse ganho tem sido variável e, segundo Eluiz Alves de
Matos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas
Ferroviárias de São Paulo, a partir de metas estabelecidas pela própria
empresa, que dificilmente são atingidas.
Ainda de acordo com Matos, com relação ao reajuste salarial, a
empresa fez uma proposta de 3,97%, ou seja, abaixo da inflação. "Estamos
em negociação desde janeiro e a CPTM alegou que essa é a proposta
final, mas a categoria a rejeitou."
Às 18h da próxima quarta-feira, 14, uma nova assembleia está prevista
para acontecer na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas
Ferroviárias de São Paulo, que representa os funcionários da antiga Estrada de Ferro Santos-Jundiaí, o que corresponde às atuais Linhas
7-Rubi e 10-Turquesa da CPTM. "Se o governo do Estado ou a CPTM tiverem
interesse em fazer um acordo, que apresentem essa proposta. Se não, essa
assembleia servirá para delinear o movimento que vai acontecer a partir
da meia-noite."
Além dessa entidade, participam do movimento o Sindicato
dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, o
Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do
Brasil e a Associação dos Engenheiros Ferroviários no Estado de São
Paulo.
Matos informou que ainda não há nenhuma audiência programada na
Justiça do Trabalho para que as partes possam tentar chegar a um acordo.
Procurada no início da tarde, a CPTM informou em nota que "não foi
comunicada, até o momento, pelas entidades sindicais, sobre
possibilidade de greve".
Fonte da Notícia: O Estado de São Paulo
Imagem: R7
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