As seis linhas da CPTM transportaram no acumulado dos cinco primeiros
meses deste ano, 6,6 milhões de passageiros a menos em comparação ao
período de Janeiro e Maio de 2015.
Somando as redes de Metrô e da CPTM, a queda no total de passageiros foi de 1,9%.
Mantida esta tendência, a redução será a maior desde 2005.
Os ônibus em São Paulo transportaram mais pessoas. O crescimento foi
pequeno, de 0,34%. Entre Janeiro e Maio de 2015, foram realizados 1,17
bilhão de registros de passagens e nos cinco primeiros meses deste ano, o
número foi de 1,18 bilhão.
O
Governo do Estado de São Paulo atribui a queda na demanda dos trens
da CPTM e do Metrô à crise econômica. Por causa do desemprego, menos
pessoas
estão usando os transportes públicos. A média mensal de bilhetes
especiais concedidos a gratuidade cresceu 32% neste ano, passando de
4.676 nos cinco primeiros meses de 2015 para 6.169 em igual período de
2016. Em 2014, o número foi de 3.644 bilhetes com gratuidades para
desempregados.
O especialista em transportes, Horácio Augusto Figueira, entretanto,
disse ao jornal que o motivo da perda de demanda no Metrô não se resume a
questão econômica do país.
Segundo ele, o Metrô opera há anos de maneira saturada e não tem mais capacidade de absorver nova demanda.
“Já no caso dos ônibus vêm ocorrendo há alguns anos mudanças de
linhas, entrada de ônibus com ar-condicionado, elementos que podem ter
atraído passageiros”, – disse.
Parte dos passageiros do Metrô tem migrado para os ônibus.
Um exemplo clássico é a Linha 4310-10, que segue em faixas exclusivas
ligando a E.T Itaquera ao Terminal Parque Dom Pedro II, no centro. Esta linha
de ônibus tem convencido parte dos passageiros a deixar a Linha
3-Vermelha do Metrô, a mais saturada do sistema.
Nos horários de pico, o intervalo destes ônibus é em torno de três
minutos. O tempo de deslocamento é o mesmo do Metrô, com os ônibus,
entretanto, bem menos lotados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário