Trem Série 8000 na Linha 8-Diamante da CPTM |
O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça funcionários das
empresas Alstom e CAF por formação de cartel em licitação para aquisição
e manutenção de trens para a CPTM
Segundo a denúncia do promotor Marcelo Mendroni, a partir do mês de Setembro de 2009, os denunciados passaram a conversar e discutir a
divisão do escopo do projeto aquisição e manutenção dos trens. “[Os
denunciados] formaram conluios para evitar a efetiva concorrência, por
consórcio, ou individualmente, mas sempre com divisões pré-determinadas
do objeto do contrato”, diz o promotor.
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O grupo teria feito ainda acordos, convênios, ajustes e alianças, como
ofertantes, mediante fixação artificial de preços para fornecimento e
instalação de sistemas para transporte sobre trilhos.
Da Alstom, os denunciados são Antonio Oporto, Cesar Ponce de León,
Isidro Ramon Fondevila Quinonero, Luiz Fernando Ferrari e Wagner Tadeu
Ribeiro, por crime contra a ordem econômica. Da CAF, foram denunciados
por crime contra a ordem econômica e contra a administração pública
Agenor Marinho Contente Filho e Guzmán Martín Díaz.
De acordo com o MPSP, os denunciados, representando suas empresas,
violaram as leis naturais da economia, especialmente a da livre
concorrência, já que, por meio de acordos fraudulentos, pretendiam
estabelecer e direcionar consórcios e concorrentes individuais em
vencedores e perdedores.
Estavam interessados inicialmente na licitação o grupo formado pelas
empresas Bombardier, Siemens, Tejofran e Mitsui; a empresa CAF e o grupo
formado pela Alstom e pela MGE. Ao final, no entanto, somente a CAF
apresentou proposta.
Os denunciados direcionavam a licitação para saber previamente qual
concorrente seria a vencedora, “o que fazia com que as outras empresas
que participavam do cartel ofertassem suas propostas a preços superiores
ou simplesmente não participassem da concorrência na referida
licitação, deixando de oferecer proposta”, disse o MPSP. Segundo a
promotoria, uma das consequências foi o superfaturamento do preço final
contratado.
Em nota, a Alstom diz que colabora com as autoridades sempre que
solicitada e reafirma que opera de acordo com o código de ética e com
todas as leis e regulamentos dos países onde atua. A empresa acrescenta
que não teve acesso a essa denúncia e que, por isso, não fará
comentários sobre ela.
Em comunicado, a CAF reitera que tem colaborado com as autoridades no
fornecimento de todas as informações, quando solicitadas, e que atua
estritamente dentro da legislação brasileira.
Fonte da Notícia: Portal Terra
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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