Ciclovia do Rio Pinheiros (Linha 9-Esmeralda) |
A CPTM irá transferir à
iniciativa privada a operação da Ciclovia do Rio Pinheiros, com 21,5
quilômetros, que corre paralelamente à Linha 9-Esmeralda. No dia 31/03/2016 a
CPTM vai lançar o edital com a chamada pública para receber propostas de
interessados em assumir a via.
A análise deve levar cerca de 30
dias, quando a CPTM irá divulgar o projeto selecionado. Vencerá a
concorrência quem apresentar a melhor proposta de benfeitorias e
serviços a serem feitos para atender o usuário. A estimativa é que em
até sete meses - devido aos prazos para recurso - seja assinado o
contrato com o vencedor da concorrência.
Os serviços serão
executados por meio de cooperação técnica válida por dois anos, podendo
ser renovada pelo mesmo período. Não haverá pagamento de outorga para
assumir a via.
"Não vamos receber nada em troca. Simplesmente
vamos deixar de operar a ciclovia", disse ao Valor o presidente da CPTM,
Paulo de Magalhães. A operação custa hoje quase R$ 200 mil por mês à
estatal paulista. A receita da empresa selecionada virá da veiculação de
publicidade institucional.
Magalhães disse que a decisão de
transferir a operação foi da CPTM e não do mercado. A intenção ao
agregar parceiros, afirmou, é oferecer um serviço melhor e aumentar o
uso do modal.
Desde que a ciclovia foi inaugurada, em 2010, mais
de 2,5 milhões de ciclistas já percorreram a via. Nos fins de semana,
são cerca de 4 mil pessoas, com média mensal de 43 mil bicicletas.
A
ciclovia tem hoje seis acessos e seis pontos de apoio ao longo do
trajeto, com banheiros e bebedouros. Dispõe de 45 vagas para carros no
estacionamento. A ideia é que a empresa que assumir a operação melhore a
estrutura e os serviços, agregando melhorias.
Entre as
possibilidades levantadas pela CPTM, está, por exemplo, a melhora da
iluminação, com um sistema autônomo de energia limpa. Dessa forma, a via
poderia ser aberta à noite. Hoje, o funcionamento é das 5h30 às 18h30
e, durante o horário de verão, das 5h às 19h30.
Outras possíveis
medidas são a instalação e manutenção de calibradores automáticos de
pneus e equipamentos que liberam gotículas de água. Estações de
ginástica que possam complementar a atividade física dos usuários e até
uma passarela, para facilitar o acesso, são consideradas.
Fonte da Notícia: Revista Ferroviária
Imagem: Direito SP
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