Trem Série 1700 com simulação para operar no Expresso ABC |
O Governo do Estado decidiu colocar o projeto do
Expresso ABC dentro da proposta de implementação do trem intercidades,
que ligará municípios do Interior à Baixada Santista com rota traçada no
Grande ABC. O Expresso ABC seria linha paralela entre Mauá e a Capital,
com menos estações.
No
início da semana, a gestão estadual decidiu arquivar a MIP
(Manifestação de Interesse Privado) aberta para construção do Expresso
ABC justamente para alocar essa discussão dentro do debate maior de
Mobilidade Urbana. A linha fará trajeto da região para Santos, em modal
distinto da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Segundo
Kátia Bertocco, subsecretária de parcerias e inovações do governo do
Estado – órgão vinculado à Secretaria de Governo –, setor privado já
debate a instalação de trem intercidades. A programação é ter estação
central na Luz com quatro destinos finais: Santos (e essa integrar o
Grande ABC), Sorocaba, Campinas ou Americana e São José dos Campos.
“Esse
é um projeto mais estudado, mais adiantado, com estudos técnicos em
andamento, para sabermos, por exemplo, o perfil dos usuários. Temos até
conversa com o governo federal, porque a ideia é utilizar áreas
pertencentes à União para isso. O trecho que iria ao Grande ABC
concorria com esse. Por isso decidimos arquivar e pensar em trechos
maiores de Mobilidade Urbana”, justificou Kátia. As empresas que tocam a
costura do trem intercidades são o consórcio Estação da Luz
Participações e o banco BTG Pactual.
Não
há previsão para que o trem intercidades tenha avanço dentro da
administração estadual nem custo estimado. Só tem a certeza que, se a
ideia sair do papel, será constituída por meio de PPP.
No
início da semana, o governo do Estado arquivou 32 estudos de parceria
com área privada. Alguns por coincidência de propostas, outros por
falhas no planejamento por parte de empresas interessadas e também por
problemas jurídicos. “Não tinha dinheiro alocado em nenhuma dessas MIPs,
então não haverá prejuízo (aos cofres públicos). O que existia era
proposta do setor privado sem a garantia de execução”, ponderou Kátia.
Segundo
a gestão estadual, o objetivo é focar em propostas com melhor
viabilidade e também centralizar os projetos em sistema informatizado
que poderá ter acompanhamento do cidadão. “Havia propostas muito antigas
(de 2005), tínhamos de atualizar. Como o sistema, fica mais fácil de se
encaminhar a proposta por parte do setor privado. A empresa pede
autorização ao governo para determinada obra, o governo faz assinar
termo de confidencialidade, e tudo pode ser monitorado”, comentou Kátia.
Fonte da Notícia: Diário do Grande ABC
Imagem de Ricardo Guiamarães
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