Locomotivas abandonadas do Museu da Companhia Paulista (Jundiaí) |
Em
um pátio fechado ao público, duas locomotivas que seriam enviadas para a
antiga União Soviética e até uma Maria-Fumaça que transportou D.Pedro II aguardam por restauro no complexo Fepasa, em Jundiaí.
Nenhuma das 33 peças existentes no local está em condições de uso, mas o
objetivo é restaurá-las para atrair turistas ao complexo, que conta com
o Museu da Companhia Paulista.
A maria-fumaça que, segundo o museu, foi utilizada por D. Pedro II, por
exemplo, está pichada e com claros sinais de desgaste do tempo.
O vagão-dormitório, por sua vez, está em bom estado.
"A intenção é recuperar esses vagões e locomotivas, mas esbarramos no
orçamento, que é muito alto. E também dependemos de autorizações, pois
não somos os proprietários das peças", afirmou a diretora administrativa
do complexo, Maria Angélica Ribeiro.
Ela estima que o restauro de todas as peças fique em R$ 5 Milhões. O órgão tem orçamento anual de R$ 275 Mil.
Além da histórica maria-fumaça, duas locomotivas fabricadas nos EUA e
que seriam enviadas à União Soviética –nunca foram– também estão no
acervo.
O complexo em Jundiaí, que abriga o maior acervo documental do país, tem
este nome em referência à antiga Fepasa, que
em 1998 foi incorporada pela RFFSA.
As cidades paulistas enfrentam essa situação de abandono do patrimônio
ferroviário pois nem todo o material (vagões, locomotivas e trilhos) foi
concedido às vencedoras dos leilões realizados após a extinção da
Fepasa.
Com isso, há uma disputa sobre a responsabilidade de cada um no espólio
ferroviário, envolvendo Dnit, RFFSA, prefeituras e Iphan.
É o caso das unidades que estão em Jundiaí. Além de verba, elas dependem da aprovação de projetos de restauro.
Créditos da Imagem Reservados ao Autor
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