Manifestações em 2013 devido ao aumento da tarifa |
Um ofício da Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, ao
qual a Folha de SP teve acesso, afirma que as tarifas do Metrô e da CPTM serão
reajustadas para os mesmos valores dos ônibus municipais.
A prefeitura anunciou nesta dia 26/12/2014 que a passagem vai subir de R$ 3 para R$ 3,50 a partir do dia 06/01/2015.
O Governo Estadual confirma que também haverá reajuste nos trens e no metrô, mas não informa valores ou prazos publicamente.
No ofício, enviado à prefeitura, porém, a secretaria
informa que irá reajustar as tarifas do metrô e da CPTM para R$ 3,50 e
que a tarifa de integração dos ônibus com a rede sobre trilhos subirá de
R$ 4,65 para R$ 5,45.
Da tarifa integrada, segundo o documento, R$ 2,85 irão para o Estado e R$ 2,60 para a prefeitura.
O comunicado, assinado pelo secretário Jurandir Fernandes, que deixará o
cargo nos próximos dias, informa também que serão reajustadas as
tarifas especiais do Metrô.
As tarifas do Madrugador e Da Hora passarão de R$ 2,50 para R$ 2,92 e o Cartão Lazer, de R$ 25 para R$ 29,20.
Já o Cartão Fidelidade aumentará nas três modalidades: 8 viagens (de R$
22,30 para R$ 26), 20 viagens (de R$ 53,80 para R$ 62,70) e 50 viagens
(de R$ 127,50 para R$ 148,75).
O secretário diz ainda que haverá aumento na passagem dos ônibus da EMTU
(Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), sem especificar
valores.
Questionado, o Metrô negou as informações do ofício.
"Não há nenhuma definição sobre o assunto. Também não procede a
informação de que o governo do Estado defende tarifa de R$ 3,50 para o
próximo ano. Qualquer outra informação não passa de especulação",
afirmou, em nota.
Bastidores
O Governador Geraldo Alckmin e o Prefeito Fernando Haddad negociavam um anúncio conjunto do aumento há algumas semanas.
No ano passado, os dois anunciaram o aumento de R$ 3,00 para R$ 3,20 –e a revogação depois da onda de protestos– lado a lado.
Para evitar desgaste, Alckmin queria divulgar o reajuste depois de sua
posse. A gestão Haddad, porém, após receber o ofício do Estado, informou
o reajuste à Câmara Municipal para cumprir a exigência de comunicação
com cinco dias úteis de antecedência.
Estado e prefeitura planejavam que o aumento entraria em vigor no dia 05/01/2015 –data que consta, inclusive, no ofício de Fernandes. Mas, na
avaliação da área jurídica da prefeitura, a exigência não seria
cumprida, por isso foi fixado o dia 6 de janeiro.
A antecipação do anúncio provocou mal estar entre as gestões tucana e petista.
Auxiliares de Alckmin consideram que a prefeitura "furou" o acordo ao
divulgar as informações antes e não descartam, agora, rever a decisão de
elevar as passagens da CPTM e do Metrô na primeira semana de Janeiro de 2015.
Fonte da Notícia; Folha de São Paulo
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