Mural afixado nas estações na Linha 7 todo Final de Semana |
Ao sair para trabalhar ou passear, é comum
encontrar algumas estações fechadas. Como alternativa, os passageiros
precisam recorrer ao sistema de ônibus PAESE. No entanto, o
itinerário não é o mesmo que o do trem e faltam paradas em alguns
trechos.
Entre
as Estações Palmeiras-Barra Funda e Perus, quem
recorre ao ônibus conta apenas com uma opção de parada em Pirituba. Para
ter acesso a Água Branca, Lapa, Piqueri, Vila Clarice, Jaraguá e Vila
Aurora é preciso fazer uma conexão por conta própria, com aumento do
tempo e o custo da viagem.
É
o caso do vigia José Roberto dos Santos, 43. Em dias normais, ele
costuma levar 45 minutos da zona leste até a estação Piqueri. Aos
domingos, já chegou a gastar o triplo do tempo.
“Como
o ônibus não para na estação, pego mais um e gasto R$ 4,65 e não os R$ 3
de sempre”, diz. Ele não percebe melhorias na linha e aponta problemas
como as inundações em um trecho próximo da estação Piqueri. “Já molhei
roupas e sapatos ali”, afirma.
A
Linha 7-Rubi atende 465 mil pessoas da capital e de Caieiras, Franco da
Rocha, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e
Jundiaí, municípios da Grande São Paulo. Aos domingos, são 128 mil
passageiros.
O
porteiro Márcio Barbosa, 29, prefere não pagar ônibus extra. “Fico bem
na frente e explico ao motorista que preciso descer no caminho”. Segundo
ele, a maioria entende, mas alguns alegam problemas com os fiscais e
não param. “Vejo muita discussão feia”, garante.
Para
o estoquista Elvis Alves, 22, e a assistente Cláudia Malmagro, 16, a
troca do trem pelo ônibus atrapalha bastante. Segundo eles, após um
passeio com o sobrinho, a volta para casa se torna cansativa.
No
dia 02/11/2014, o Mural testou o funcionamento do ônibus PAESE entre
as estações Barra Funda e Perus. Ao questionar sobre como descer
durante o trajeto, recebeu informações diferentes. Um fiscal na Barra
Funda disse que bastava falar com o motorista. Contudo, em Pirituba,
outro funcionário disse que precisava autorizar o motorista a parar e
pediu ao passageiro que entrasse pela porta da frente, para ficar
próximo ao condutor.
A
CPTM estima concluir as obras na linha entre 2015 e 2016. A companhia
admite haver “incompatibilidade da rota viária com o local das estações”
e que se os ônibus pararem em todas as estações, o tempo será muito
longo.
Além
disso, a empresa diz solicitar que a SPTrans oriente os motoristas a
permitir o desembarque em outros pontos informados pelos passageiros,
mas apenas se estiver “no traçado dos ônibus e que os pontos de parada
sejam homologados pela EMTU e/ou SPTrans”.
A
SPTrans informou que para alterar a rota de atendimento, a CPTM deverá
enviar uma solicitação formal de alteração no convênio firmado entre as
empresas, que atualmente prevê paradas apenas nas estações determinadas.
Fonte da Notícia e Imagem: Diário da CPTM
Nenhum comentário:
Postar um comentário