O Jornal Nacional teve acesso a documentos do ministério público suíço
que mostram que um ex-diretor da CPTM, durante governos do PSDB, recebeu US$ 800 mil dólares em
uma conta na Suíça.
Segundo as investigações, parte do dinheiro se refere ao pagamento de propina feito em nome da empresa francesa Alstom.
A informação sobre o suposto pagamento de propina a um funcionário da
CPTM foi publicada nesta terça (15) pelo jornal O Estado de S. Paulo. O
Jornal Nacional teve acesso com exclusividade aos documentos do
ministério público que apontam como suspeito João Roberto Zaniboni, que
foi diretor da companhia estatal entre 1999 e 2003. Neste período, o
estado foi governado por Mário Covas e Geraldo Alckmin.
O nome do ex-funcionário da CPTM aparece em um pedido de cooperação
internacional feito pelo ministério público da Suíça ao Procurador da
República Rodrigo de Grandis, em 21 de fevereiro de 2011.
Até aquele momento, segundo os promotores suíços, havia uma suspeita de
que empresas do grupo francês Alstom, com a cumplicidade de cidadãos
brasileiros, tivessem pagado propina a funcionários públicos para obter
contratos da companhia de trens.
Segundo os investigadores suíços, a Alstom fez pagamentos a título de
comissão a duas empresas com sede no Uruguai: GHT e Gantown. As
investigadores apontaram que os donos das empresas eram Arthur Teixeira e
Sérgio Teixeira, que já tiveram seus nomes mencionados em outra
investigação: a da formação de um suposto cartel para obras do metrô e
compras de trens.
Os promotores suíços, então, rastrearam as movimentações de contas de
Arthur e Sérgio Teixeira, na Suíça. Descobriram transferências feitas
por eles para João Roberto Zaniboni.
Arthur Teixeira depositou US$ 103.500 em maio de 2000. Sérgio Teixeira
fez outro depósito de US$ 113.373, em dezembro do mesmo ano.
No período de setembro de 1999 a dezembro de 2002, passaram pela conta
de João Roberto Zaniboni, na Suíça, US$ 836 mil. Além das transferências
feitas por Sérgio e Arthur, os promotores identificaram depósitos
suspeitos de duas empresas: Goldrate Corporation e Lespan. O MP suíço
não identificou nem a razão dos depósitos nem quem são os donos dessas
empresas.
Sobre os depósitos feitos por Arthur e Sérgio Teixeira, a promotoria é
taxativa: trata-se de pagamento de propina para que a Alstom conseguisse
contratos de fornecimento de vagões.
Em 2007, João Roberto Zaniboni transferiu a maior parte dos US$ 800 mil para uma conta em Nova York, em nome da filha dele.
O advogado de Zaniboni disse que os depósitos foram feitos por serviços
prestados antes dele virar diretor da CPTM. E que a conta era
abastecida pelo próprio Zaniboni, por outros serviços de consultorias
feitos para outros clientes.
O advogado informou ainda, que a conta na Suíça foi encerrada em 2007, e
os valores transferidos para uma conta em Nova York. A conta nos
Estados Unidos, por sua vez, foi encerrada nesse ano e o dinheiro
transferido para o Brasil depois de declarado à Receita Federal.
A Alston declarou que desconhece as transações mencionadas e que está colaborando com as autoridades nas investigações.
A assessoria de imprensa da CPTM informou que ainda não foi notificada
pelo Ministério Público sobre os fatos descritos pela reportagem. E que,
se for o caso, tomará as ações pertinentes com relação a funcionários
ou ex-funcionários.
Em nota, o PSDB afirmou que as providências necessárias para apuração
do caso já estão sendo tomadas pelo Governador Geraldo Alckmin e que o
partido reitera sua confiança nas medidas adotadas.
O advogado de Artur Teixeira disse que as investigações estão sob segredo de justiça e que por isso não vai se pronunciar.
Sérgio Teixeira morreu em 2011.
Fonte
da Notícia: Jornal Nacional
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