A antiga estação no coração da Mooca, zona
leste paulistana, é há cerca de dez anos um grande cemitério de vagões de trens
abandonados. Mas esse cenário mudará: vai virar obra de arte.
Perto da atual estação Mooca da CPTM, a linha
férrea foi sinônimo de progresso e riqueza no século passado - trens que
passavam por ali carregavam minérios rumo ao porto de Santos.
Até o final do mês, quem tomar o trem de
passageiros em direção à estação verá 1,2 km de vagões de carga cobertos por um
véu branco.
Um grupo de artistas ganhou uma licitação da
Prefeitura de São Paulo, que previa a colocação de obras de arte na cidade. "Só
que ao invés de criar alguma coisa, decidimos interferir em algo que já existia
ali", diz José Resende, idealizador do projeto.
Com a obra, os artistas Resende e Nelson
Brissac, junto com a engenheira Heloísa Maringoni, pretendem discutir a ocupação
urbana da região, o destino dos resíduos sólidos na cidade e o sucateamento dos
trens.
Em paralelo à intervenção, eles também farão
esculturas com contêineres no Memorial da América Latina, na Barra Funda (zona
oeste). Isso acontecerá hoje, a partir das 9h.
A intervenção nos dois pontos da cidade
pretende mostrar que o que é hoje um grande "entojo" pode ter uma outra
serventia para cidade
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