“O esperanto
vence todas as barreiras. Não pertence a nenhuma nação, nem religião,
nem etnia”. Com essa definição, o Líder da Estação de Jundiaí, Eugênio
Santos de Morais, explica a paixão pelo idioma que começou a estudar no
início dos anos 1990.
Embora
nenhum país tenha o esperanto como língua oficial, mais de dois milhões
de homens e mulheres falam fluentemente o idioma, que está presente em
115 países. Para se ter ideia, dentre as mais de seis mil línguas
existentes em nosso planeta, o esperanto figura dentre as 300 mais
faladas.
Entre
os dias 28/07 e 01/08/2016, a Vila de Paranapiacaba receberá o
3º VINA. Com uma
programação voltada para as atividades esportistas e culturais, a
reunião tem como principal foco o turismo. O Líder da Estação Jundiaí
participará do evento, como guia de uma turma de jovens da cidade de
Itupeva, onde reside. Aos 54 anos, Eugênio conta que o grupo reúne
espíritas interessados em aprender o esperanto.
No
entanto, uma pergunta é inevitável para todos os que praticam e são
aficionados pelo Esperanto: por que não uma língua considerada “normal”,
como inglês, francês ou outra qualquer? Eugênio responde que o
esperanto é uma língua internacional e enfatiza que estudos realizados
com crianças na Alemanha comprovaram que a linguagem tem um efeito
pedagógico facilitador no aprendizado. “Quem aprende esperanto, tem 50%
mais chance de aprender mais rápido qualquer outro idioma. É dez vezes
mais fácil do que aprender inglês ou qualquer outro idioma”.
Praticante
apaixonado, Eugênio iniciou seu aprendizado no período em que morava na
Lapa e trabalhava na estação homônima da CPTM, onde atua desde 1984.
“O esperanto é uma língua com gramática muito simples, composta por 14
regras sem exceção”, observa Eugênio, que também dissemina o crescimento
da linguagem Brasil afora, principalmente no Estado de São Paulo. “É
uma língua nobre, que há mais de um século, contribuí para vencer as
barreiras alimentadas pelas diferenças culturais, racionais e religiosas
que ainda nos assombram nesse século XXI”.
Histórico
O
Dia do Esperanto é celebrado em 26/07, data que marca o
lançamento do primeiro livro que apresentou a pronúncia, as regras
gramaticais e o vocabulário da língua artificial. A linguagem auxiliar
neutra foi criada, em 1887, pelo oftalmologista e filósofo polonês
Ludwik Lejzer Zamenhof, para ser uma língua universal.
Aos
28 anos, quando lançou a ideia-base do esperanto como uma segunda
língua para todos, Zamenhof acreditava que poderia se terminar com os
litígios entre os povos se todos falassem a mesma língua.
Abalado
pelas Guerras Mundiais, em 1954 o esperanto ganhou novo fôlego ao ser
reconhecido pela ONU como língua. Desde então, o projeto de linguagem
planejada transformou-se em uma língua viva, com cultura própria, mas
internacional. O Esperanto não pertence a nenhuma nação, mas pertence a
todos. A proposta é que cada povo continue a falar sua língua materna e
use o esperanto nas comunicações internacionais.
Nos
anos 90, a linguagem foi impulsionada pela internet, que massificou sua
utilização. Hoje em dia, acredita-se que existem dez milhões de
falantes não fluentes e outros dois milhões de fluentes.
Em
15/12, data em que nasceu o criador dessa linguagem, também se
comemora o Dia da Literatura em Esperanto ou o Dia de Zamenhof.
Fonte da Notícia: CPTM
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