Acidente na Supervia ontem |
Dois trens do ramal de Japeri bateram na altura da Estação
Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense, na noite de
ontem. No acidente, mais de 140 pessoas ficaram feridas.
Não há informações de vítimas em estado grave. Os feridos foram
encaminhados para os hospitais da Posse, em Nova Iguaçu; Getúlio Vargas,
na Penha; e Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, além do Hospital Albert
Albert Schweitzer, em Realengo. Segundo o secretário estadual de
Transportes, Carlos Roberto Osorio, uma UPA de Mesquita também prestou assistência às vítimas
A concessionária SuperVia informou que uma composição bateu
na traseira de outra, que estava parada na estação. Devido ao acidente,
a circulação no ramal de Japeri teve que ser suspensa. As causas da
colisão ainda são desconhecidas.
— Minha mulher me ligou do trem, ela machucou o joelho e o
cotovelo. Graças a Deus, com ela não aconteceu nada grave. Mas tem muita
gente ferida, e os bombeiros não estão dando conta de atender todo
mundo. O que aconteceu é um absurdo — disse o marido de uma passageira,
que não quis se identificar, porque a família ainda não sabia do
acidente.
A colisão só não foi mais grave porque o trem que bateu estava em baixa velocidade, devido ao mau tempo na região.
De acordo com Osorio, o governador Luiz Fernando Pezão
determinou que todo o aparato do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de
Saúde fosse mobilizado para reduzir os danos do acidente. Osorio
determinou ainda que a Fetranspor aumentasse a frota de ônibus que faz o
trajeto entre a Central e a Baixada.
— Falei com o comandante do Corpo de Bombeiros, e ele me
informou que a maioria dos feridos teve lesões leves e fraturas — disse o
secretário.
Ainda segundo ele, todos os passageiros que não se machucaram receberam bilhetes para embarcar em outros trens.
Entre os passageiros, o clima foi de pânico, segundo contaram alguns usuários do trem ao site G1.
— Bati a cabeça e as costas. Estou com muita dor — disse a
passageira Ana Cláudia Pereira da Silva de Oliveira, de 53 anos,
acrescentando que houve pânico, gritos e correria quando a luz do trem
se apagou. — Muita gente perdeu bolsas e celulares.
—Teve gente com a boca sangrando, com cortes. Era uma cena
de guerra — lembrou Thiago Portela, de 28 anos. — Tinha muita fumaça, e
as pessoas acharam que o trem ia explodir.
Em nota, a SuperVia informou que a colisão aconteceu por
volta de 20h20m e que técnicos foram para o local apurar as causas do
acidente e dar assistência aos passageiros. A concessionária disse ainda
que os maquinistas não ficaram feridos na colisão. Já a Agetransp,
agência reguladora do setor, abriu investigação sobre a colisão e também
mandou técnicos para o lugar.
Ainda segundo a Supervia, a expectativa é que a linha seja
desobstruída ainda durante a madrugada, para que os passageiros que
começam a circular pelo local por volta das 4h30m não sejam
prejudicados. Mas ainda não há como saber se, de fato, os técnicos
conseguirão realizar o trabalho a tempo. Caso a via férrea ainda não
esteja liberada até o horário de início da operação das composições,
parte do plano de contigência é utilizar a linha, que faz o trajeto em
direção à Central do Brasil, para os dois sentidos.
Do total de vítimas, 129 pessoas foram deram entrada no
Hospital da Posse. Desse montante, 47 já receberam alta, cerca de 60
estão em processo de liberação e os demais continuam na unidade para a
realização de exames, com intuito de definição de procedimentos. A
equipe do hospital foi reforçada para o atendimento aos passageiros e os
familiares dos pacientes são recebidos por assistentes sociais e
psicólogos. Um novo boletim médico deve sair pela manhã.
No Hospital Albert Schweitzer, segundo a sala de Polícia
Militar da unidade, outras dez pessoas receberam atendimentos médicos.
Já no Hospital Getúlio Vargas, oito pessoas teriam dado entrada na
unidade. Ainda não há informações sobre o número de atendimentos
realizados no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna.
Fonte da Notícia: Jornal O Globo
Imagem: Rádio Jovem Pam
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