Passageiro entra de costas em trem da CPTM (Foto: Letícia Macedo/ G1) |
Passageiros da CPTM
reclamam da dificuldade de embarcar na estação Brás, no sentido Luz, no
horário de pico da manhã. Uma mudança na Linha 10-Turquesa, ocorrida há
cerca de dois anos, fez com que os trens da Linha 11- Coral
(Guaianazes-Luz) se tornassem a única opção da companhia para chegar à
estação da Luz.
Com isso, passageiros que chegam de Rio Grande da Serra, no ABC, e da Zona Leste da capital precisam de paciência para fazer uma conexão e se deslocar apenas uma estação. A CPTM diz que alteração levou em conta aspectos técnicos e que o intervalo da linha foi reduzido para 5 minutos. Os trens lotados, porém, testam constantemente a paciência dos passageiros.
Com isso, passageiros que chegam de Rio Grande da Serra, no ABC, e da Zona Leste da capital precisam de paciência para fazer uma conexão e se deslocar apenas uma estação. A CPTM diz que alteração levou em conta aspectos técnicos e que o intervalo da linha foi reduzido para 5 minutos. Os trens lotados, porém, testam constantemente a paciência dos passageiros.
O internauta João Carlos Castilho Ramos fez um vídeo para registrar o
que acontece na plataforma da Linha 11-Coral e o enviou por meio da
ferramenta colaborativa VC no G1.
Apesar da transferência gratuita, a distância até a estação do Metrô
torna a viagem ainda mais longa, o que não atrai os passageiros.
A cena se repete diariamente no horário de pico. As plataformas na
linha 11 ficam constantemente lotadas. Quando os trens se aproximam o
corre-corre nas escadas aumenta. Os passageiros tentam diferentes
estratégias para embarcar: ir até os primeiros vagões, posicionar-se
próximo das portas. Tem até quem entre de costas, se apoiando nas
extremidades das portas, para pressionar os outros passageiros. Com
frequência, agentes da CPTM ajudam a acomodar os usuários e impedir que
pertences fiquem presos às portas.
De acordo com a companhia, a opinião do passageiro foi levada em
consideração para a mudança. Pesquisa da CPTM realizada há cerca de dois
anos aponta que 56% dos passageiros avaliaram as mudanças de forma
positiva. Atualmente, porém, a opinião é diferente, segundo usuários
ouvidos pelo G1.
A passadeira Giovanete Maria da Silva, de 42 anos, que mora em Itaim
Paulista, na Zona Leste, e trabalha no Bom Retiro, no Centro, tentava
embarcar por volta das 7h30 de quarta-feira (13) na linha 11. Após
deixar a linha 12, ela desistiu de pegar o primeiro trem no sentido
Centro. “Aqui é assim. O povo te machuca de tanto empurrar. Ontem quase
machuquei o meu ombro. Estou com as costas doloridas”, afirmou, enquanto
aguardava o próximo trem.
A doméstica Kelly Cristina de Carvalho, de 31 anos, também desistiu de
entrar no primeiro trem. Ela, que já tinha ficado parada na linha 12 por
causa de um problema técnico, chegou a chorar ao ligar para a patroa.
“Todo dia é assim. Saio umas 4h de casa e a essa hora ainda não cheguei
no trabalho.
Todo dia tem que ligar para a patroa. Estou até passando
mal”, disse. Na quarta, ela disse ter perdido muito tempo para fazer o
trajeto entre Calmon Viana e Brás. “Se tivesse uma opção seria muito
melhor para a gente”, contou a passageira que ainda pegaria um Metrô até
a região da Avenida Paulista.
O auxiliar de manutenção Orlando Aparecido Bernardes, de 49 anos, mora
no Itaim Paulista e trabalha na Saúde, na Zona Sul, também reclama do
embarque. Ele pega as linhas 12 até o Brás, a 11 até a Luz e a linha
1-Azul do Metrô. Na Saúde, ele ainda pega um ônibus para acabar de
chegar.
“Tem gente se esbarrando na plataforma e até confusão para
animar dia”, ironizou. Por causa dos constantes atrasos, ele já foi
suspenso três vezes. “Já tive que ficar nove dias em casa. Isso para um
pai de família é horrível”, disse.
Única opção
Antigamente, a linha 10 fazia o trajeto Rio Grande da Serra-Luz. A linha passou por uma reestruturação e agora encerra o percurso no Brás. Segundo a CPTM, a mudança na linha foi necessária devido ao significativo crescimento na demanda de usuários com a entrada em operação da Linha 4-Amarela do Metrô integrada àquela estação.
Usuário da linha 12, o passageiro João Carlos Castilho Ramos, que mora
na Zona Leste, e trabalha no Centro, lamenta a alteração. “O pior é ver o
trem sair vazio, sabendo que ele passa pela Luz. Se tivéssemos uma
opção seria melhor para quem vem pela linha 10 e pela 12, além de
aliviar o fluxo na linha 11”, disse.
A CPTM afirma que a mudança permitiu que a Linha 10-Turquesa tivesse
duas plataformas no Brás: uma para o embarque e outra para o
desembarque, o que, segundo a companhia, garante mais agilidade e
segurança.
Ainda de acordo com a companhia, o novo modelo também beneficiou a
Linha 7-Rubi, que também passou a contar com plataformas exclusivas para
embarque e desembarque na Luz, que tem restrições de operação por ser
um patrimônio histórico.
A atendente de telemarketing Rosemary Pereira da Silva, de 35 anos, foi
obrigada a mudar de horário após frequentes atrasos depois da mudança.
“Antes era muito melhor, porque a gente ia direto. Tem dia agora em que é
preciso esperar quatro ou cinco trens passarem para começar conseguir
entrar. Atrasa a vida mesmo. Eu tive que pedir para mudar de horário”,
afirmou.
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