Manifestação na Linha 12-Safira hoje a tarde |
Manifestantes que protestam contra uma reintegração de posse voltaram a
bloquear com barreiras de fogo a Linha 12-Safira (Brás-Calmon Viana),
entre as estações São Miguel Paulista e Comendador Ermelino, na Zona
Leste de São Paulo,
da CPTM, por volta das
19h30 de hoje. A assessoria de imprensa da CPTM
informou que os agentes de segurança da empresa conseguiram apagar o
fogo e que a circulação de trens, por isso, não chegou a ser afetada.
No fim da tarde, os manifestantes já tinham bloqueado, por cerca de uma
hora e meia, o mesmo trecho da Linha 12-Safira. Além da linha, às 19h30
os manifestantes colocavam fogo em madeira, objetos e móveis em
diferentes pontos para tentar bloquear as vias do bairro. A Rua Doutor
Assis Ribeiro, importante via da região, estava bloqueada desde as
18h15, de acordo com a CET.
O grupo protesta contra reintegração de posse em terreno da CDHU na região. A
reintegração ocorreu em dez pontos de área com 8,5 mil metros quadrados
chamada União de Vila Nova na manhã desta segunda-feira. Cerca de 150
famílias tiveram que sair de suas casas.
Segundo a Polícia Militar, ao menos uma pessoa foi detida durante os
protestos ocorridos nesta tarde. Ela foi encaminhada para o 63º Distrito
Policial, na Vila Jacuí, para averiguação. Por volta das 18h50, a Tropa
de Choque da Polícia Militar entrou no Jardim Pantanal para tentar
dispersar de vez os manifestantes. Com escudos, os PMs avançavam pelas
ruas e lançam bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
O primeiro bloqueio nos trilhos ocorreu por volta das 16h45, fechando
inicialmente o trecho entre as estações São Miguel Paulista e Comendador
Ermelino. A CPTM decidiu, porém, interromper a circulação de trens
entre as estações São Miguel e Brás, já na região central da capital,
por volta das 17h10. As composições voltaram a circular às 18h, mas as
estações seguiram fechadas, funcionando apenas para o desembarque de
passageiros. Vinte minutos depois, as estações foram abertas para
embarque e a circulação dos trens começou a se normalizar, segundo a
CPTM.
Os manifestantes também atearam fogo a madeiras e móveis para bloquear o
viaduto que liga a Rua Doutor Assis Ribeiro e a Avenida Santos Dumont. A
Polícia Militar tentou dispersar os manifestantes utilizando bombas de
gás lacrimogêneo. Por volta das 17h40, o grupo colocava fogo em móveis e
em ao menos dois carros - um deles estava abandonado - para bloquear
vias da região. A polícia tentava impedir que o trânsito fosse fechado.
Quando a circulação dos trens começava a retornar, manifestantes
jogaram pedras nas composições que passavam. Um homem que estava próximo
aos trilhos correu atrás dos manifestantes e chegou a apontar para eles
o que parecia ser uma arma.
Na semana passada, moradores da ocupação fizeram um protesto contra a
reintegração que terminou em confronto. Um grupo chegou a colocar fogo
nas instalações onde eram feitos os atendimentos à comunidade e nos
trilhos da Linha 12-Safira da CPTM.
Reintegração
Oficiais de Justiça, acompanhados de policiais militares, cumpriram na manhã desta segunda a reintegração de posse em um terreno da CDHU, na mesma região. Duzentos policiais militares acompanham a ação. Eles utilizaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo contra os moradores que formam pequenos grupos para tentar impedir a demolição. Um fragmento de uma bomba de gás lacrimogêneo atingiu um fotógrafo que foi encaminhado ao hospital.
Moradores atearam fogo em uma casa de madeira e o Corpo de Bombeiros
foi ao local. Policias da Força Tática com escudos do Choque formaram um
cordão de isolamento no terreno. Cleide da Cruz, 25, moradora de uma
casa do terreno havia um mês e meio, afirmou que não houve notificação
para deixar a casa. "Estava dentro de casa com meus três filhos quando
eles chegaram. Não notificaram nada. Eles simplesmente bateram na porta e
pediram pra tirar as criancas" , disse Cruz.
A CDHU informou, por meio de nota, que chegou a negociar a "desocupação
voluntária, mas não obteve êxito". A CDHU informou, por meio de nota,
que os terrenos do núcleo União de Vila Nova, serão destinados à
implantação de praças, ruas e escolas, foram ocupadas entre os dias 6 e 7
de setembro por moradores da região. “Para garantir a conclusão do
projeto, a CDHU ajuizou ação de reintegração de posse, que foi deferida
pela Justiça”, diz o texto.
A companhia afirma que a invasão das áreas com destinação social
“afeta diretamente a população local e prejudica o processo de
regularização fundiária do núcleo." A nota ainda diz que os invasores
são, na maioria, provenientes da própria União de Vila Nova e de regiões
adjacentes. E que parte dessas áreas “já está sendo atendida pela
urbanização”.
Segundo a CDHU, o núcleo União de Vila Nova é uma área urbanizada "por
meio de um projeto integrado que beneficiou mais de 9 mil famílias com
novas moradias e implantação de redes de água, esgoto e energia
elétrica, iluminação pública, pavimentação de ruas, paisagismo, sistema
de lazer, canalização de córregos e sistema de drenagem. Atualmente, o
local está em processo de regularização fundiária, o que garantirá a
cada morador a documentação regularizada de seu imóvel".
Fonte
da Notícia: G1
A VELHA SENHORA. DE SEGUNDA A SEXTA AS 19:00 NO BLOG JORNAL DA CPTM. www.jornaldacptm.blogspot.com.br E TAMBÉM NO NOSSO FACEBOOK
O BLOG JORNAL DO METRÔ ESTÁ DE CARA NOVA. CONFIRA www.jornaldometro.blogspot.com.br
O
BLOG JORNAL DA CPTM ESTÁ DE CARA NOVA. CONFIRA www.jornaldacptm.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário