Após quatro adiamentos, o leilão de compra de 65 novas composições da
CPTM pode ser postergado mais uma vez. De acordo com publicação da
revista “Isto É“,
empresas que fabricam trens pediram o novo adiamento. A abertura dos
envelopes de propostas está marcado para esta segunda-feira, 20. Por
meio da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), os
empresários afirmam que a margem de preferência que as companhias do
País dispõem – de preço até 20% acima da eventual oferta de empresas
estrangeiras – será diluída no sistema de cobrança de impostos previsto
no processo.
“A margem de preferência fica prejudicada quando confrontada com o resultado líquido após o pagamento dos impostos”, afirmou o presidente da Abifer, Vicente Abate.
Após a ultima tentativa, o governo tornou a concorrência
internacional, sendo que, na última, a CPTM recebeu apenas uma proposta,
do consórcio formado por CAF Brasil Indústria e Comércio e Alstom
Brasil Energia e Transporte. O orçamento do concorrente foi
desclassificado por ficar acima do estimado pelo governo.
As empresas associadas à Abifer temem que, caso nenhuma delas vença o
leilão, as encomendas da indústria brasileira não sejam suficientes
para que o setor atinja a meta deste ano de entregar 3 mil vagões. “Prevemos dificuldades na indústria no segundo semestre por causa da queda no volume de minério transportado”, disse Abate, sobre o volume de encomendas das concessionárias de ferrovias no País neste ano.
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