
Trata-se de um volume corresponde ao número de viagens de caminhões
de 25 toneladas necessárias para substituir trens de carga que hoje
cruzam a área central da capital transportando açúcar, soja, contêiner,
bauxita e aço do interior do país para Santos e também para o Sul.
A matéria menciona que já a partir do próximo ano, a circulação dos
trens cargueiros pode ficar inviável, já que a CPTM vai aumentar a quantidade de trens de
passageiros na ferrovia. A empresa está em processo de compra de 65
novos trens.
Só no ano passado, entre 4 milhões e 5 milhões de toneladas de
produtos atravessaram a cidade de São Paulo pelas linhas da CPTM. Esse
volume só poderá continuar a ser transportado por ferrovia quando pelo
menos um dos novos trechos do Ferroanel de São Paulo estiver pronto.
Entretanto, a intensão de começar a obra do ferroanel, onde o governo
tinha a intenção de começa-la junto com o Rodoanel, o que aceleraria e
baratearia as obras, não tenha sequer licitação em andamento. Ou seja:
impossível concluí-la no ano que vem, como previsto inicialmente.
Volume em dobro de caminhões
Segundo levantamento feito pelo jornal, com base nos números do
governo, demonstra que o volume de carga transportada sobre caminhões
para Santos quase dobrará em dez anos.
Do movimento total de 230 milhões de toneladas previstos para 2024, o
transporte rodoviário será responsável por 150 milhões de toneladas. A
ferrovia será responsável por transportar 80 milhões de toneladas.
Em 2013, quando o porto movimentará 110 milhões de toneladas, a
divisão será a seguinte: 83,6 milhões toneladas transportados por
caminhões; e 26,4 milhões de toneladas, por ferrovia.
“É evidente que o governo, com a aprovação da MP, deve discutir a redistribuição da carga para outros portos”, disse Renato Barco ao jornal, presidente da Codesp, administradora do Porto de Santos.
Fonte: Folha de São Paulo
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