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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Confira como foi a Viagem do Expresso Turístico de Natal, realizado ontem

O distrito de Sabaúna, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, recebeu na manhã deste domingo (9) o trem turístico vindo da Estação Luz, na capital. A composição da década de 60 levou os turistas da Estação Estudantes da CPTM até a antiga estação de trem de Sabaúna no chamado Trem de Natal, que, em 2012, está em sua quinta edição.
 
A viagem da composição turística começou por volta das 10h30. Para a maioria dos viajantes, a paisagem dos quase 10 quilômetros de percurso foi novidade. “É a primeira vez que vou”, contou o aposentado Antônio Barbosa da Silva. Durante o passeio, ele comparou as viagens de trens atuais com as realizadas antigamente. “Agora é mais rápido e tem mais conforto e segurança”.
 
O evento foi organizado pela Associação Nacional de Preservação Ferroviária (ANPF) e um dos integrantes, Fábio Barbosa, foi o guia turístico que explicou aos passageiros um pouco da história da ferrovia, como, por exemplo, que o trecho pertencia a Rede Ferroviária Federal.
 
Funcionário aposentado da antiga Rede Ferroviária Federal vestido de chefe da estação (Foto: Gabriela Stuart/G1)Dorival Sebastião era o "chefe de estação" do
passeio (foto ao lado)
 
Além de conhecer o passado da via, os turistas também puderam conhecer Dorival Sebastião, antigo funcionário da Central do Brasil, que foi caracterizado de chefe de estação. “Esta profissão não existe mais. Este passeio ajuda a resgatar o que tinha nos trens, relembrar o passado”, explicou.
 
No percurso, outros passageiros também se lembraram das antigas viagens de trem. “Meu pai era ferroviário, conhecia vários lugares e eu viajava junto”, contou a lavadeira Maria Aparecida de Campos, que descreveu emocionada o que sentiu. “Eu cheguei a fechar os olhos e sonhar, imaginar aquele tempo antigo. Muito lindo, foi meu presente de Natal”.
 
Em meio as lembranças e novidades, os passageiros também puderam degustar queijos e frutas da região ao som da Banda Supernova, que embalou a viagem. “A magia do Natal tomou conta do trem”, contou a advogada Sandra Regina Cipullo Issa, que estava acompanhada da família. “Meu neto de 4 anos foi quem mais incentivou a gente vir. Ele tem todos os tipos de trem que possa imaginar”, contou Sandra sobre a paixão do menino
 
Ao desembarcarem, os turistas passearam pelo distrito e conheceram um pouco da história de Sabaúna que está relatada nas paredes da estação de trem com cartazes e fotos.
Com o aumento do movimento, também era possível encontrar comerciantes que aproveitaram o evento para faturar. “Eu vim de Itaquaquecetuba para expor aqui”, contou a culinarista Ana Clara de Moraes, que estava vendendo trufas, pães de mel e panetone.
 
Trem de Natal

Segundo o diretor de comunicação da ANPF, Gilberto Rocha, o trem que levou os turistas até Sabaúna foi locado para este percurso no valor de mais de R$ 6 mil que foi pago com a arrecadação das passagens, R$ 72 reais cada, mais a ajuda de empresas parceiras.
 
O diretor ainda ressaltou que parte do que é arrecadado com o Trem de Natal é destinado para a compra de presentes para crianças carentes. “A gente distribui para entidades reconhecidas da cidade”, explicou Rocha. Além da ajuda, o diretor de comunicação ainda explicou que o passeio ajuda a manter viva a memória das vias da Central do Brasil.
 
Já a composição, Rocha contou que era usada na década de 60. Os dois vagões eram divididos entre a primeira classe e o que chamamos atualmente de classe econômica.
 
Galinhada

Depois da viagem de quase uma hora, os turistas foram aproveitar a famosa galinhada que é servida desde a primeira edição do Trem de Natal.
 
De acordo com o diretor financeiro da ANPF e cozinheiro, Gilberto Costa, para o preparo do prato foram usados 45 quilos de coxa e sobrecoxa de frango, 20 quilos de arroz, 4 quilos de pimentão, 5 quilos de cebola, 2 quilos de alho e sal. “A quantidade é para atender 150 pessoas”, explicou.
 
Costa ainda contou que esta é a média de pratos feitos nos passeios do Trem de Natal. “Além dos passageiros, tem as pessoas da comunidade que também compram o prato da galinhada”, contou.

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